PRESÍDIO CIDADE

Autora: Andressa Linhares da Costa

 

PRÊMIO

Categoria Arquitetura Humanitária

 

PRÊMIO VERA HAZAN DE ARQUITETURA HUMANITÁRIA

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Por não oferecer meios para que a população privada de liberdade possa se reinserir socialmente e se afastar da margem criminal no país, o sistema carcerário no Brasil deixa clara a crise desumana que acontece dentro de estabelecimentos penais, que vão de situações como insalubridade e riscos à saúde até a superlotação e o desconforto gerado nos dias de cárcere. A necessidade de que presídios tenham uma resposta de caráter humanizado e reintegrador ultrapassa o modo de se tratar essa população, chegando também na forma como esses espaços são vistos de maneira isolada no espaço urbano, sendo uma marca negativa no local onde se inserem.

Sabendo-se que os limites físicos entre Presídio e Cidade são necessários para segurança e mantimento de uma ordem entre externo e interno, a proposta de uma Penitenciária Feminina em Jacarepaguá procura estudar as profundidades que levam da cidade ao presídio, trabalhando em cima de camadas de controle para diferentes públicos no espaço utilizado, a fim de que cada atividade proposta nessas camadas, definidas como PÚBLICO, SEMIPÚBLICO E PRIVADO, funcionem por si só como barreiras entre os fluxos e acessos no local.

Através da diversificação trazida com as atividades nas etapas ocorridas até o espaço prisional, nota-se uma integração espacial através da suavização dos muros e das relações que se definem e caracterizam cada camada. Assim, o presídio, não mais isolado, passa a funcionar como um órgão contribuinte à vitalidade urbana.

Orientadora: Maria Lucia Vianna Pecly
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
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CASA CURA – Arquitetura afetiva para vítimas de violência contra a mulher

Autora: Andressa Linhares da Costa

 

PRÊMIO

Categoria Arquitetura Humanitária

 

PRÊMIO VERA HAZAN DE ARQUITETURA HUMANITÁRIA

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A Violência contra mulher se tornou tema recorrente nos debates a partir de iniciativas geradas pelo movimento feminista surgidos na década de 70 e vem ganhando visibilidade desde então. Sendo uma discussão imprescindível nos dias de hoje, especialmente no momento presente da pandemia onde os casos de violência cresceram cerca de 50%.

O propósito desse projeto foi qualificar uma casa abrigo através do desafio de projetar mais humanizado, tendo em vista a importância da dinâmica dos espaços de acolhimento que auxiliam as vítimas da violência contra mulher.

De que modo podemos desenhar casas abrigo com qualidade a fim de se tornarem um lugar com características de lar para amparar as mulheres que já se encontram vulneráveis?

No ano de 2019 mais de 128.000 mulheres foram vítimas de violência no Brasil. Sendo 352 mulheres vítimas por dia. O local que essas mulheres mais sofreram violência foram em suas residências e as maiores denúncias foram de agressões verbais e físicas, de acordo com o dossiê da mulher de 2020.

A partir disso, como essas mulheres seriam amparadas já que seus próprios lares era um lugar onde elas estavam mais desprotegidas? Como seria o processo de apoio para essas vítimas e quais eram os níveis de consciência da população em relação as instituições de acolhimento? 

Sabe-se que um dos serviços essenciais prestados as vítimas em situações mais extremas de ameaças é o abrigo. Assim, a partir da denúncia, o abrigo torna-se o novo lar até a vítima estar novamente apta para ser inserida no meio social. Porém, nem sempre o refúgio está ao alcance de quem sofre com ameaças legítimas de morte. De acordo com a pesquisa de 2018 realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apenas 2,4 % dos Municípios do Brasil oferecem casas abrigos para mulheres vítimas de violência, mesmo após 15 anos da promulgação da lei Maria da Penha e especificamente no Rio de Janeiro, o município conta somente com 1 abrigo.

A partir de então, o estudo segue mais voltado para a precariedade de como funcionam as informações para denúncia, a falta de comprometimento em relação aos direitos da mulher, quem são os responsáveis por garantirem condições legais de apoio e assistência e como funcionam as instituições de abrigo do ponto de vista da vítima.

O projeto de abrigo visa compreender a importância de se criar um espaço de conforto além das questões projetuais com base nos relatos das acolhidas. Entendendo que o lugar necessitava ser acrescido de emoção e prazer. Tendo como queixas muito comuns a falta de liberdade e a sensação de aprisionamento quando elas se permitiam tentar escapar da morte. A sensação das mulheres em seus relatos eram de estarem pagando uma pena que estaria sendo invertida.

Logo, foram feitos estudos do mapa de interesse onde foram pontuadas algumas redes de apoio no Estado do Rio de Janeiro, o local escolhido para intervenção do projeto foi o bairro do Caju, onde ele se encontra entre âncoras já existentes de apoio para mulheres vítimas da violência.

Após a escolha do bairro de intervenção, outro estudo feito foi do mapeamento onde se localizavam as concentrações de áreas verdes do Caju com a intenção de trazer para o trabalho a referência do livro “Mulheres que correm com os lobos” de Clarissa Pinkola.

A autora disserta a importância da relação da mulher com a natureza e afirma que a mulher se distancia da sua intuição quando se sente ameaçada e dessa forma, a natureza tem o poder de resgatar a intuição da mulher, aguçar a sua percepção com o entorno e reacender o espírito da mulher selvagem que mora em todas as mulheres.

Assim a partir das referências e dos estudos, ficou compreendido que o projeto do abrigo necessitaria de um grande espaço de área verde a fim de ajudar as vítimas a se reconectarem com tudo aquilo que elas haviam perdido.

O terreno escolhido de intervenção para o projeto da casa abrigo foi o local onde se encontrava o antigo Hospital São Sebastião. O que tornava ainda mais favorável por se tratar de um espaço pertencente ao Estado e se tratando de questões da área da saúde é dever do Estado garantir acolhimento entre outros serviços de apoio as mulheres que se tornam vítimas da violência.

Conforme as pesquisas foram sendo aprofundadas, foi descoberto que após a desativação do Hospital em 2008 ocorreu uma ocupação no terreno criando duas novas comunidades no bairro. Em 2013, o terreno tinha uma proposta de revitalização por fazer parte do Porto do Rio, porém o projeto não foi a frente.

A intenção diante desses estudos não era tentar atenuar o problema da precariedade e escassez das casas abrigos existentes no Estado do Rio de Janeiro e abrir um outro problema em questão que seria a desocupação dos moradores residentes há mais de 10 anos nesse terreno.

Dessa forma, apesar de não ter sido muito aprofundado pois não era o foco do trabalho inicial, foi feito um estudo de viabilidade no terreno afim de garantir um direcionamento gerando melhores condições na qualidade de vida desses moradores.

Assim, o terreno acabou sendo desmembrado pois contava com mais de 56.000 m², o que possibilitou atender as duas necessidades, foram criados 4 blocos de residências multifamiliares e dessa maneira os ocupadores seriam apenas realocados no local. Foi destinado um amplo espaço de mais de 18.000 m² para o abrigo envoltos de cinturões verdes o que ajudaria na privacidade da instituição, além disso, o conjunto habitacional foi inserido na parte mais elevada do terreno com acesso por uma única rua no sentido Sul.

A intenção de projetar um lar afetivo era de criar um espaço mais humanizado, com características de lar, cercado de proteção e afeto. Onde as áreas verdes pudessem gerar estímulos para vítimas ajudando na descompressão da falta de liberdade visto que era uma queixa muito latente entre elas.

A casa abrigo foi pensada em ter dois diferentes acessos a fim de separar a entrada dos funcionários pelo acesso controlado no térreo e o acesso a chegada das vítimas acompanhadas dos policiais sendo restrito no primeiro pavimento.

O projeto foi setorizado em quatro diferentes platôs situados no primeiro pavimento. Com a intenção de criar um lugar único de abrigo, mas com espaços que seguiriam do menos privativo até o mais privativo da casa. Foi criado uma conexão de passagem externa que liga do platô 01 diretamente ao platô 04, de modo que a vítima no platô 01 é atendida em sua chegada, fazendo a triagem e logo em seguida consiga se conectar diretamente ao platô 04 onde se localizam os dormitórios, fazendo com que as mulheres não precisem percorrer toda a casa para se acomodarem após sua chegada, criando uma privacidade de imediato já nos primeiros momentos de sua estadia.

O platô 02 se localiza as salas multiuso de atividades voltado tanto para as mulheres quanto para seus filhos que serão acolhidos também, contando com sala de informática e biblioteca. Já o platô 03, é onde se localiza a casa em si dessas mulheres, mantendo uma divisão mais privada, de caráter menos institucional. No platô 03 e 04 somente as moradoras podem ter acesso. O corte setorizado demonstra como a topografia do local foi trabalhada a cada 1,5 m de diferença entre os platôs.

De acordo com a fundamentação desse trabalho, ficou compreendido que os espaços de áreas verdes eram os pontos centrais e fundamentais nesse projeto. Dessa forma, o jardim interno foi o coração do projeto, com isso ficou entendido a importância dos platôs totalmente voltados para os jardins e para as áreas externas. De modo, que as áreas verdes servissem de proteção com o grande cinturão.

O contato com o verde e a conexão foi pensado também nas hortas que se encontram em alguns pontos do terreno, para que assim as mulheres pudessem ter contato diretamente com a terra, acreditando que esse contato com a natureza direta ajudaria as vítimas no processo da cura.

Os dormitórios foram compostos pensados de modo em que cada mulher tivesse sua própria autonomia auxiliando no processo de territorialização do espaço, foram feitas 3 tipologias diferentes, todos contém varandas que foram projetadas com a intenção de criar um espaço de conexão e contemplação, além de se tornar um ambiente convidativo para uma conversa mais informal.

Ficou compreendido através dos estudos como os espaços deveriam ser qualificados com ambiência, assim, o processo de apropriação deveria ocorrer de maneira natural e recíproca. Com isso, o espaço necessitaria ser mais naturalmente mais convidativo. Não ficando estipulado nenhum tipo de demarcação de território no espaço. Dessa forma, as mulheres fariam seu próprio caminhar conforme suas necessidades de uma maneira mais descontraída.  

O projeto foi pensado para ter espaços para as mulheres pudessem ter trocas e experiências de relações interpessoais, mas também projetados para se tornarem espaços mais reservados e intimistas. Entendendo que o processo de transformação da cura ocorre muitas vezes pelo acolhimento coletivo, mas muitas vezes esse processo começa voltado do interior da mulher. Ela precisa estar bem com ela mesma para depois aceitar o acolhimento coletivo e se sentir parte dele.

Ficou entendido que as experiências provocadas com o contato com as áreas verdes se tornavam únicas uma vez que os momentos não se repetem, as sensações são diferentes a cada modo que essas mulheres geram a conexão com o lugar. O contato com o verde ajuda essas mulheres a se redescobrirem e se reconectarem com elas mesmas.

Também foi pensando como seria o primeiro contato das vítimas na chegada do abrigo, analisando que no primeiro momento elas estariam mais sensíveis e vulneráveis. Criando um impacto inicial através da compreensão dos resultados de suas escolhas por ter denunciado o agressor. Dessa forma, o ambiente do platô 01 foi pensado para ser um local mais informal que não tivesse características de recepção de uma instituição em si e sim algo como uma sala de estar mais humanizada. Projetado um espaço com bastante claridade através da fachada e da claraboia, tornando o ambiente mais leve, incorporando a presença da natureza através do verde.

O platô 03 foi projetado para ser a casa das mulheres, um espaço totalmente privativo, sendo a cozinha integrada com a sala de estar, de modo que a dinâmica das relações interpessoais criasse vínculos afetivos através das trocas de experiências do dia a dia. Ficando compreendido que o modo de projetar pudesse interferir na questão de apropriação do espaço, logo, foi pensado no cuidado em humanizar o ambiente de modo que a mulher se sentisse integralmente a protagonista participativa e ativa desse cenário.

O ordenamento no abrigo é dado de forma coletiva e explícita. A responsabilidade é coletiva, dessa forma, elas geram vínculos, pois se sentem pertencentes no espaço. A maneira como esses ambientes foram projetados são muito importantes pois é através desses espaços integrados que as mulheres criam conexões de grupos se tornando parte no processo de territorialização.  

Sendo assim, o descontentamento sobre as informações dos casos de feminicídio foi o ponto de partida para o começo dos estudos apresentados. Vale ressaltar que os traumas da violência sofrida já deixam marcas que muitas vezes se tornam irreparáveis e com isso as vítimas necessitam ter o mínimo de conforto e identidade com o ambiente. A relação de integrar a mulher com o lugar foi estudado através dos conceitos na metodologia. Onde, o entendimento sobre apropriação pôde-se ser estudado através do processo de desterritorialização e reterritorialização nesse novo cotidiano. Assim, é necessário que a mulher encontre características acolhedoras, com ambientes mais confortáveis e mantenham o mínimo de privacidade para se sentirem pertencentes em seu novo território. Ficou compreendido, como a arquitetura está diretamente relacionada com as questões sociais, políticas e urbanas em um contexto geral, potencializando o seu papel em nosso meio.

Orientadora: Carina Carmo
UNIVERSIDADE SANTA ÚRSULA
 
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GRANDES HOTÉIS CENTRAIS NO RIO DE JANEIRO (1908-1922) – Da construção ao arrasamento dos edifícios

Autora: Nina Zonis

 

PRÊMIO

Categoria Cultura Arquitetônica

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O trabalho se debruça sobre o estudo da arquitetura de hotéis, muitos não mais existentes, construídos no contexto de urbanização do Rio de Janeiro do início do século XX. Como metodologia, a pesquisa se fundamenta no cruzamento entre três campos – histórias da arquitetura, urbana e do turismo – e recorre a registros da vida urbana da época, por meio da imprensa e da fotografia como participantes do processo de modernização do país. ¹

O estudo levanta informações sobre edifícios apagados e esquecidos, contribuindo para a reconstituição, não apenas da história dos hotéis, como também dos processos de transformação urbana e de consolidação da cidade como destino turístico.

O recorte que suscita a discussão são as edificações idealizadas como grandes hotéis no intervalo entre as exposições de 1908 e 1922. Lança-se luz sobre o conjunto de hotéis da Companhia dos Grandes Hoteis Centraes – Hotel Avenida (1908), Fluminense Hotel (1912), Rio Palace Hotel (1915), York Hotel (não concluído), Rio Hotel (1919) e Hotel Vera Cruz (1922), todos edificados em praças ou largos na área central da cidade.

Entende-se que os estudos da arquitetura, do urbanismo e do turismo se voltaram, muitas vezes, para as transformações ocorridas nas condições excepcionais de grandes eventos, desconsiderando outros capítulos essenciais para compreensão da história da cidade. Assim, tem-se como objetivo, refletir e discutir como se deu o processo de modernização no Rio de Janeiro do início do século XX por meio do programa hotel e de seus significados sociais, lançando luz a edifícios extintos ao longo das diversas remodelações urbanas empreendidas no Centro da cidade.

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¹ É necessário destacar que o trabalho foi realizado dentro desta nova realidade sanitária pandêmica, na qual o desafio é a busca de fontes online que tornem possível a investigação, à distância, de histórias ainda não contadas. Nesse sentido, agradecemos especialmente: ao portal de periódicos Hemeroteca Digital Brasileira, da Biblioteca Nacional; ao portal iconográfico Brasiliana Fotográfica e ao atlas digital pesquisável diacrônico imagineRio.

Orientadora: Maria Cristina Nascentes Cabral
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
 
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FEMINICIÊNCIA – Uma jornada pela produção científica feminina

Autora: Jade Resende de Almeida

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Cultura Arquitetônica

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O projeto em questão apresenta uma proposta de exposição temporária com a temática de mulheres no mundo científico, aspirando apresentar de maneira lúdica e interativa as multifacetas destas profissionais, pouco divulgadas, para o público infanto juvenil. A ideia do projeto se deu a partir de questionamentos sobre a realidade das mulheres que desempenham funções dominadas por homens e a desvalorização intelectual destas na sociedade contemporânea. Além de como essas desigualdades podem interferir nas gerações futuras. Analisando essas observações elaboramos uma proposta de intervenção que será realizada através de uma arquitetura efêmera localizada no centro do Rio de Janeiro e um possível  módulo itinerante adaptável capaz de percorrer diversos outros pontos da cidade , levando conhecimento, informação e entretenimento para crianças e adolescentes de diversas regiões. Buscando  assim uma maior conscientização sobre igualdade de gênero e valorização do trabalho intelectual feminino.

A exposição é composta por 24 setores abordando as áreas de estudo de Biologia, Química e Física. Cada setor possui um tema exclusivo que são correlacionados físico e tematicamente, contendo um mobiliário e ambientação desenvolvidos de acordo com o conteúdo exposto. Ao permear pela exposição o visitante vai descobrir sobre o passado e se aventurar nas inovações realizadas por mulheres cientistas. Nesta jornada, será possível ver a ciência feminina e a busca pelo conhecimento em todos os aspectos do projeto, desde o conceito sobre descobertas, passando pelo partido arquitetônico inspirado na molécula do hormônio estrógeno até a identidade visual da marca, cada detalhe foi pensado e planejado para proporcionar uma experiência e aprendizado inesquecível para os visitantes.

 

 

Orientador: Maurício Campbell
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
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CHACOALHAR CIDADE: Devaneios sob a lente da criança

Autora: Thais da Silva Faria

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Cultura Arquitetônica

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O trabalho se debruça sobre o pensamento projetual que conduz o desenho dos espaços públicos contemporâneos de cidades ocidentais ao entendê-los como peças dissociadas da vida urbana e, ao mesmo tempo, potenciais de transformação das relações sócio-espaciais que urgem frente à realidade pandêmica atual. Suscitada nos incômodos de espaços urbanos reprodutores de um funcionalismo operacional e programático, a pesquisa tem o objetivo de investigar o pensamento por trás do desenho dos espaços públicos através do livro-objeto-jogo que, de modo ativo e coletivo, chacoalha as dinâmicas tomadas por conhecidas no desenho urbano. Para acionar o livro-objeto-jogo na desaprendizagem dos métodos rígidos de construção dos espaços públicos, admite-se o método chamado aqui de criança-dispositivo. Faz-se uso da ludicidade e dos circuitos da criança que aprende solta do tempo e do espaço como instrumento de reflexão para espaços públicos acionados na fluidez, na imprevisibilidade e no acolhimento da vida cotidiana em sua diversidade.

FICHA TÉCNICA
Carolina Escada, Patricia Landau, Bruno Hermida, Milena Seraphim, Vanessa Milani
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COMPLEXO MISTO NA LIBERDADE, SP – Brasil

Autores: Tomás Urgal de Castro – Rafael do Rego Barros Medeiros – Thales Almeida da Motta

 

PRÊMIO

Categoria Edificações

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O Complexo de Uso Misto contemplará os programas de habitação, comércio, coworking e escola para o ensino médio e será implantado no bairro da Liberdade, que está contido nos limites do centro expandido da maior metrópole do hemisfério sul, São Paulo. A região atualmente passa por um intenso processo de renovação urbana, apoiado pelo Plano Diretor Municipal, com dezenas de novos empreendimentos majoritariamente residenciais de interesse social na região. Com isso, a escolha do terreno se deu antevendo a futura demanda de locais de ensino, comércio, lazer e trabalho.

A escolha desta área como objeto de projeto se deu diante do fato de haver um projeto em aprovação para vinte e nove torres residenciais, que ignora o contexto urbano e as condições climáticas. Este projeto visa reverter a atual lógica imobiliária, propondo um conjunto de qualidade arquitetônica e urbana, com bom desempenho energético e sustentável. A implantação se deu de forma a facilitar e promover a circulação diagonal, posicionando os edifícios na periferia do terreno e liberando o miolo para uma praça central, que articula acessos a cada conjunto edificado e diferentes programas.

Orientadores: Adriana de Almeida Muniz Alvarez – Alice Horizonte Brasileiro – Claudio Oliveira Morgado – Solange Araújo de Carvalho – Tatiane Pilar de Almeida – Teresa Cristina Ferreira de Queiroz
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
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REDE DE SOBERANIA ALIMENTAR – Restaurante-escola Popular em Madureira

Autora: Marcella Fernandes Dias

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Edificações

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Partindo do referencial teórico acerca da reflexão do alimento como direito e promotor de transformação social, o uso da Arquitetura como agente de consolidação da segurança alimentar e a Agricultura Urbana aliada à Arquitetura e Urbanismo como um trunfo dentro do processo de transformação da cidade, o trabalho consiste em um projeto arquitetônico de um espaço público, democrático e multiuso de ensino e alimentação que visa, a partir da comida, promover a integração com a comunidade da Zona Norte do Rio de Janeiro, reaproveitando a edificação existente do ‘’Restaurante Popular Tia Vicentina’’, em Madureira, desativado em 2016, e ocupando o terreno privado subutilizado ao lado.

Os principais objetivos do projeto proposto são: Garantir o acesso à alimentação adequada para a população de baixa renda, através do restaurante popular; Capacitação profissional no ramo da gastronomia, auxiliando na política de inclusão social e geração de trabalho e renda, através da Cozinha-Escola; Estreitar a relação entre os pequenos produtores familiares e os consumidores de seus produtos, e cultivo e produção de alimentos pela horta urbana, trazendo soluções que contrapõem ao sistema atual de alimentação, como a agricultura urbana.

A outro nível, espera-se que o projeto tenha um impacto local, podendo funcionar como um chamariz de lazer para o bairro. Aspira-se que a intervenção contribua para a revitalização da Av. Min. Edgard Romero e aumento da qualidade urbana da região. Projetar em um espaço vazio e inutilizado, para oferecer um projeto público em uma lógica comunitária, tem como principal intenção ser palco aberto para projetos culturais, geração de renda, justo comércio, economia solidária, alimentação alternativa, educação ambiental, discussão de políticas públicas e um número indefinido de outras atividades de fortalecimento e desenvolvimento social. Dentro deste contexto, econômico e social, a reativação do Restaurante Popular em Madureira nos moldes propostos, seria um avanço na construção de uma política de soberania alimentar mais sólida e acessível.

Orientador: Caio Nogueira Hosannah Cordeiro
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
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VILA VERDE – Habitação de interesse social na cidade de Tanguá/RJ

Autor: Lucas Soares Fraga Innecco

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Edificações

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Tanguá é um município de 30 mil habitantes situado no chamado “leste metropolitano do estado do rio de janeiro”. O município tem como característica principal o seu território ocupado majoritariamente por sítios e fazendas, possuindo apenas um centro comercial.

Segundo o último estudo realizado pelo IBGE, no ano de 2000, Tanguá era a segunda cidade mais pobre do estado do Rio de Janeiro, tendo 65,12% da população considerada pobre ou muito pobre.

A cidade possui um conjunto habitacional criado pelo programa “Minha casa, minha vida”. Esse condomínio foi de extrema importância para mim do início ao fim do projeto, uma vez que foi através das entrevistas realizadas por mim com os seus residentes que eu pude saber as reais necessidades dos futuros moradores do meu projeto.

Dentre as questões principais levantadas por essas pessoas, a questão com maior apelo foi a falta que eles sentem de ter um quintal, um pedaço de terra onde pudessem plantar e criar os seus animais. Quando levamos em consideração que os prédios do condomínio são uns dos únicos prédios de apartamento que encontramos na cidade é possível entender a dificuldade que os moradores têm de se sentirem pertencentes ao local. A segunda questão levantada pelos moradores é com relação a distância até o centro da cidade.

Pensando em tudo o que me foi dito por essas pessoas, eu escolhi um terreno ocupado por parte de uma fazenda ainda no centro da cidade, que faz divisa com quatro bairros e com o município de Rio bonito.

A minha proposta é criar um complexo de residências nos moldes do programa “Minha casa, minha vida” atendendo a 206 famílias, mas já pensando na sua expansão para o terreno vizinho. Além das residências, a proposta também inclui a criação de praças, lojas, hortas comunitárias para geração de renda, espaço para feiras de artesanato, centro de reciclagem, centro profissionalizante, ciclovias e novas vias conectando o projeto ao restante da cidade. Sendo assim, o projeto passa a ser também de impacto urbano e impacta diretamente na cidade como um todo.

A proposta principal é que os moradores façam parte da construção do projeto, assim como eles fizeram parte da elaboração do meu estudo, dessa forma será possível prepará-los para o mercado de trabalho, além de aumentar a sensação de pertencimento ao local. Uma outra questão muito importante é que com o projeto tendo impacto direto na cidade como um todo, os moradores não serão segregados do restante da cidade, como acontece hoje em dia.

O projeto se caracteriza pela divisão do terreno em 5 quadras. Como o terreno é vizinho de uma rodovia e de uma balança da Autopista Fluminense, a quadra mais próxima dessa área foi destinada a uma praça com grande massa verde, criando uma barreira visual e sonora, ainda que a rodovia possua baixo fluxo de carros. Esta praça é destinada ao uso de todos os bairros ao redor e é nela que estão localizados o centro preparatório, espaço para feiras e centro de reciclagem.

O restante do terreno se divide entre duas quadras com prédios e duas com casas, onde os prédios se localizam nas quadras voltadas a interface urbana enquanto as casas se encontram na interface rural. As quadras são cortadas por uma via sinuosa que funciona como um redutor de velocidade para os carros e criam resíduos que são usados como pontos de encontro para os moradores.

Contrastando com a regularidade dos prédios e casas, o paisagismo orgânico remete as águas de um rio conectando todo o projeto e trazendo o visitante para perto dos moradores, desmistificando o conceito de habitação social tão enraizado na sociedade.

Nos interiores das quadras na interface urbana, se localizam as praças destinadas aos moradores, contando com parquinhos, áreas verdes, pomares e áreas de convívio. Já nas quadras da interface rural, as hortas comunitárias conectam todas as casas. Essas possuem portões onde todas as casas têm acesso através dos quintais.

A área de ampliação escolhida por mim fica na divisa entre as interfaces, onde podemos ver como funciona a relação de prédios e casas. Os prédios são divididos em blocos de apartamento com um quarto e blocos com apartamentos de dois quartos. Todos os blocos são dispostos de maneira escalonada para que à medida que nos aproximamos da interface rural os blocos fiquem mais baixos e conforme nos aproximamos da interface urbana o gabarito aumente.  

Todos os apartamentos contam com ventilação cruzada, janelas do piso ao teto e todos são feitos com materiais de baixa agressão ambiental, como o emboço em argila e os tijolos solo-cimento. Os apartamentos contam com quartos amplos para que possam caber mais camas, de acordo com a necessidade dos moradores. Além disso, todos os blocos possuem hortas suspensas, o que além de funcionar como gerador de renda para os moradores, faz com que existam novos pontos de encontro, lugares onde os pais possam deixar seus filhos brincando sem que eles saiam do prédio.

Todos os prédios recebem acabamento em pintura em cal com tinta ecológica nas cores primárias. Além disso, as venezianas de madeira de demolição ajudam a compor a fachada e no controle térmico. Quando as venezianas se abrem, a vida no interior dos apartamentos pinta a fachada e quando as venezianas se fecham os prédios permanecem cheios de cor.

Na interface rural se encontram as edificações unifamiliares e multifamiliares. Todas as casas possuem quintais privativos e além dos dois quartos, também possuem uma área para a criação de um terceiro, caso haja necessidade. As casas seguem as mesmas premissas e as mesmas técnicas construtivas dos apartamentos.

Para ajudar no controle térmico, reduzir a umidade no interior das casas e facilitar a troca de ar, a fim de evitar problemas respiratórios, todas as casas possuem um sistema de chaminé subterrânea que mantém a casa quente no inverno e fresca no verão. Uma outra maneira encontrada de ajudar no conforto térmico foi a instalação de claraboias com venezianas nos quartos e na sala.

Portanto, o projeto tem como intuito tratar os moradores como indivíduos, seres importantes e não números, além de trazer dignidade e identidade a essas pessoas já tão castigadas pelo descaso dos governantes federais, estaduais e, principalmente, municipais.  

Orientadora: Letícia Prudente Gustavo Martins
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
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REFORÇANDO CENTRALIDADES: O caso do terminal multimodal intermunicipal no Gradim (Te.MIGRA)

Autora: Lilian Silva Costa

 

PRÊMIO

Categoria Urbanismo, Planejamento e Cidades

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São Gonçalo está localizada na Região Metropolitana do Rio de Janeiro e é limítrofe dos municípios de Niterói, Itaboraí e Maricá, é hoje a segunda cidade mais populosa do Estado (IBGE, 2010). No entanto, apesar do número expressivo de habitantes, entorno de um milhão de pessoas, a urbe é dependente de Niterói e do Rio de Janeiro devido ao grande número de empregos ofertados em ambos os municípios, se configurando para muitos de seus moradores como cidade dormitório.

Somada a essa lógica, percebe-se em sua estrutura espacial, o estabelecimento de centros e subcentros, os quais são resultados da concentração de atividades, de transportes e de terminais, assim sendo perceptível que a acessibilidade é um fator de influente na economia de uma cidade, visto que estão localizados nos bairros mais acessíveis e ao longo das principais vias de deslocamento da urbe.

No processo histórico de São Gonçalo, os transportes eram sinônimos de progresso, no entanto, esse pensamento não condicionou as propostas do poder público para o sistema viário da cidade, pois não considerou a mobilidade como um ator de catalisação de desenvolvimento socioeconômico e de adensamento.

Por isso, é proposto o Plano Geral de Mobilidade Urbana, que reorganiza o sistema viário da cidade com base na ideia apresentada pelo Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI) em 2018. A partir do Plano Geral foram estabelecidos 04 terminais integrados com destinos diversificados para o município, para a Região Metropolitana e para outras regiões reduzindo cerca de 20km de congestionamentos por dia, segundo a FIRJAN (2015).

A presente proposta está inserida no campo da arquitetura e do urbanismo e se debruça sobre a influência da mobilidade urbana na formação e reforço de centralidades e subcentros regionais na cidade de São Gonçalo. Através de visitas a campo e análises bibliográficas foram coletados dados a fim de compreender o cenário atual, as medidas do poder público para o futuro da cidade e, a partir disso,  propor intervenções contextualizadas com as particularidades de cada bairro.

Após o Plano Geral, o projeto do Te.MIGRA é desdobrado segundo o método de Desenvolvimento Orientado ao Tráfego (TOD), tendo a mobilidade como catalisador para compactar, conectar e coordenar São Gonçalo às pessoas.

Orientador: João Flávio Araújo Folly
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
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PARQUE DA SERRA DA MISERICÓRDIA: Planejamento Paisagístico

Autora: Tatiana Medeiros Veloso
 

 

PRÊMIO

Categoria Urbanismo, Planejamento e Cidades

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Com área total de 278 ha, o parque proposto se localiza no maciço da Serra da Misericórdia, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde já existe a previsão de um parque pelo decreto 33280/2010, que nunca foi implementado. Devido à sua larga escala e localização central na AP3, o parque terá alcance metropolitano, atendendo a uma região com grave déficit de áreas verdes e áreas de lazer.

Empregando Soluções baseadas na Natureza, o parque ao mesmo tempo oferece uma grande área livre de lazer a uma população historicamente excluída do sistema de áreas verdes da cidade e contribui para atender a algumas das necessidades mais urgentes das comunidades em seu entorno, como proteção contra deslizamentos, geração de emprego e renda, saneamento básico e segurança alimentar, que foi comprometida durante a pandemia, com a perda da renda de muitas famílias. Além disso, o projeto pode contribuir para a adaptação e mitigação de mudanças climáticas na cidade contando com uma extensa área de reflorestamento. 

Essa proposta foi desenvolvida em diálogo com organizações comunitárias do local e especialistas de diversas áreas do conhecimento. Muitas dessas organizações já desenvolvem suas propostas para o parque e lutam por sua implementação há mais de 20 anos. Aprendi muito com o trabalho que já vem sendo realizado ali e procurei idealizar propostas visando a materialização de suas ideias em toda a área do parque. Membros de organizações comunitárias locais contribuíram com feedback em diferentes etapas ao longo de todo o projeto, e as entrevistas realizadas foram fundamentais para a compreensão das dinâmicas locais.

Existem hoje no local três pedreiras em atividade altamente impactantes cujas jazidas se aproximam do esgotamento. Propõe-se a sua desativação e a incorporação dos PRADs ao projeto do parque. Foram elaboradas estratégias para viabilizar e flexibilizar a implementação do projeto, como a divisão em subsetores potencialmente independentes e a identificação de ações prioritárias, muitas das quais independem da desativação das pedreiras.

Orientadoras: Cecília Polacow Herzog e Raquel Cruz
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
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REQUALIFICAÇÃO DE CURSO D´ÁGUA: Parque Linear dos Passarinhos

Autora: Kathllen Carlos Ventapane
 

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Urbanismo, Planejamento e Cidades

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O Parque Linear surge com o objetivo de resgatar o equilíbrio ambiental na Rua Francisco de Paula, Jacarepaguá, a partir da limpeza do Rio dos Passarinhos e da criação de espaços para lazer ao ar livre. Eliminando o abandono e a insegurança que o vazio causa através de ruas verdes que devolvam a permeabilidade no entorno do rio e o conectem, em vez de fragmentar. 

Na região foram encontrados problemas como malha cicloviária insuficiente, desconforto por calor, praça degradada, rua pouco iluminada, terrenos vazios e poluição. Assim um projeto urbanístico adequado, voltado para as pessoas, trará qualidade de vida para toda a comunidade.

O conceito é conexão porque o parque conecta pessoas a espaços verdes, liga as avenidas principais e recria o contato da comunidade com a água do rio.

As construções à beira do rio, utilizadas como comércio, insalubres, com risco de deslizamento e contaminação serão removidas e os comerciantes realocados, para a praça principal, em quiosques atrativos e regulares, que promoverão um local adequado para compra e venda. Terão estrutura modular de caixotes de feira reaproveitados e jardim vertical com captação pluvial.

A implantação geral do parque possui 46.373,21 m². Por isso foi dividida em três setores, facilitando a leitura e compreensão do projeto.

 O Parque é um espaço de lazer ao ar livre aberto ao público. Pensado para que as pessoas se reconectem com a natureza e se apropriem do local.

A ponte será de ripas de madeira de reflorestamento e o passeio terá piso intertravado permeável. É possível perceber que a rua foi projetada com uma leve ondulação para que a velocidade máxima permaneça baixa, já que a premissa é restaurar o prazer e a tranquilidade de estar ao ar livre, próximo a natureza, principalmente pós pandemia.

A ciclovia será feita com piso de materiais plásticos reciclados porque seu design inteligente oferece drenagem e armazenamento de água pluvial, e também se o material se desgastar poderá ser reciclado novamente criando uma vida útil cíclica. O piso da quadra será de borracha drenante, que é reciclada e possui a capacidade de alto amortecimento sem interferir no quique da bola.

As vegetações foram escolhidas pensando na formação de um corredor verde, no sombreamento, priorizando as nativas, algumas frutíferas, com flores e aromas que atraiam pássaros e contribuam com a fauna e equilíbrio local.

Orientadora: Letícia Thurmann Prudente
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
 
Veja as pranchas em maior resolução
INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL
RIO DE JANEIRO

38o PRÊMIO ARQUITETAS E ARQUITETOS DO AMANHÃ

2021

 
Comissão julgadora

Arquiteta e urbanista Sonia Lopes

Arquiteta e urbanista Noemia Barradas

Arquiteto e urbanista Vicente Loureiro

 

ATA DO JURI
 
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