ANEXO CASA DOS LIVROS

Arquiteta Lia Siqueira

 

PRÊMIO

Categoria Arquitetura de Novas Edificações

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A concepção do anexo como extensão para abrigar um grande acervo de livros. A ideia de concentrar era importante para a pesquisa e arquivo. O desenho da arquitetura surge sobre eixos de trajetos determinados pela sua utilização, em um expressivo plano horizontal flutuante.

O uso de uma malha em estrutura metálica com peças mais esbeltas e leves permite uma linguagem contínua de traços lineares. A mobilidade de todos os panos de esquadria possibilita a integração da arquitetura com o seu entorno, abrindo espaço para ventilação cruzada e iluminação natural.

A presença de madeira nas estantes busca a marcação em três módulos consecutivos que proporcionam a valorização dos planos horizontais e reforçam a apresentação da biblioteca como elemento de destaque.

Parecer da Comissão Julgadora

 

A comissão convergiu na seleção dessa obra pela concisão dos elementos e sua reunião num conjunto potente que interage com seu sítio garantindo continuidades entre o interior e o exterior notáveis.

Ficha técnica

Local: Rio de Janeiro, Jardim Botânico

Equipe: Lia Siqueira, Cristiane Bardese, Felipe Siqueira, Patricia Graça Couto

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PRANCHA 01

PRANCHA 02

PRANCHA 03

CASA CAPURI

Arquiteto Sérgio Conde Caldas

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Arquitetura de Novas Edificações

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A Casa Capuri surge em meio a natureza do terreno onde palmeiras, rio e mar contrapõem o urbano. Adotou-se como partido projetual dois prismas transversos de base retangular, apoiados por cinco pilares e um muro de pedra. Recuada quarenta metros da rua, a percepção  real é de um amortecimento da quinta fachada. Os grandes vãos livres e os balanços estruturais  surgem com a premissa de respeitar e preservar as trinta e seis palmeiras de quarenta metros  nativas do terreno, de modo que a horizontalidade da arquitetura confronta positivamente a  natureza, trazendo uma sensação de respeito ao entorno.  

O gesto do desenho evidencia o peso e a sutileza com muito cuidado, enfatizando a  transparência que integra o interior e exterior. A arquitetura harmonicamente se une a situação  existente, ora leveza ora a força. As fachadas permeáveis se voltam para sul e leste com objetivo  de combater a umidade e acentuar a iluminação dando a devida importância a ventilação nos  ambientes causando bem estar.  

A casa toda é um convite a novas descobertas. A complexidade técnica é incorporada ao  subsolo em uma transição suave os equipamentos tornam-se invisivelmente imperceptíveis ao  encontro do contemporâneo. Cada espaço planejado coexiste em total liberdade entre as  amplas áreas de convivências. A sala de jantar e a adega possuem uma amplitude vertical em  meio a um dos pátios internos composto pelos três elementos da identidade do projeto,  concreto, palmeira e pedra, que geram leveza, requinte e funcionalidade. Ainda constituindo o  espaço, a escada recebe um duo de materiais que combinados ao mezanino transmitem o valor  entre o edificado e os vazios necessários.  

Tratamos os diferentes planos respeitando a topografia do terreno com a intenção de  configurar ambientes abertos e conectados, utilizamos os desníveis como estratégia para a  tripartição, dessa forma garantimos a permeabilidade visual e isolamos os fluxos, além de  hierarquiza-los. O serviço está anexo à área social no primeiro pavimento, mantendo em  evidência os elementos naturais, tanto por indicar a divisão entre os setores da casa como  poeticamente por suportar todo peso do pavimento superior. 

A personalidade do projeto está presente na decisão em trabalhar com uma estrutura mista incorporada na arquitetura, utilizando a metálica para suportar vãos de até doze metros, lajes em balanço de concreto  protendido e ainda a laje nervurada para quadra de tênis que possui acesso independente na  cobertura. A variedade de texturas, materiais e cores presentes é observada tanto na  incorporação do natural, como principalmente através da utilização do concreto, mármore,  ferro, e água.  

O paisagismo era uma preocupação, estudado cuidadosamente considerando a sua  transformação e vida ao longo dos anos, está de maneira planejada presente também na  cobertura do prisma valorizando a própria conservação da laje. A água merece destaque, a  piscina passa despercebida inserida à contemporaneidade da estrutura da casa no térreo. O  deck tanto integra o ambiente como é parte fundamental da fachada, assim como os grandes  espelhos d´água que causam a sensação de flutuosidade favorecendo o conceito visual do  projeto. 

Priorizamos então a arquitetura e o sentimento, o viver cada dia na Casa Capuri é como o infinito prazer de uma nova experiência.

Parecer da Comissão Julgadora

A comissão destaca a riqueza dos elementos que se somam num todo harmônico, que interage de forma positiva com o contexto no qual está inserido.

Ficha técnica

Local: Rio de Janeiro, Jardim Botânico

Autor do projeto: Sergio Conde Caldas

Equipe projetista: João Sousa Machado, Glauco Lobato, Renata Levy, Karla Fernandes, Elaine Leão, Luiza Vellaco, Darlan Ferreira, Sonia Chacon

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PRANCHA 02

PRANCHA 03

CAPELA EM LAGOA SANTA

Arquiteto João Diniz

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Arquitetura de Novas Edificações

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A capela está construída no Campus do CIAAR: Centro de Integração e Aperfeiçoamento da Aeronáutica, local onde pessoas de diversas formações universitárias fazem treinamento para servir como oficiais trabalhando, em suas respectivas profissões.

O projeto urbanístico do complexo e dos 22 edifícios lá existentes foi feito pelo escritório João Diniz Arquitetura onde a capela surge no conjunto como um dos edifícios que poderão ser frequentados pelas comunidades vizinhas.

O edifício está implantado no eixo leste-oeste com fachadas cegas para essas duas orientações. Os planos transparentes em vidro aparecem nas fachadas norte, cuja insolação é protegida pela marquise sobre a rampa de acesso, e sul, que praticamente não recebe sol. Aberturas transversais de iluminação e ventilação aparecem nos desníveis dos pisos e tetos. Dessa forma fica assegurado o conforto ambiental, a iluminação natural e as vistas do entorno.

A ideia é que o espaço da capela se conforme através de duas superfícies continuas em concreto, que definem chão, paredes e cobertura, e que se integram gerando os dois setores do projeto: o setor publico e rampado onde estão os bancos para as pessoas, e o altar em nível mais elevado.

Essa diferenciação integrada de espaços, através do encontro desses dois ‘fundos-infinito’, sugere a união de atributos humanos e espirituais ao edifício possível metáfora para a união da vida com a eternidade.

Parecer da Comissão Julgadora

A comissão destaca a integridade e plasticidade da forma da capela num gesto de desenho único e potente, que se articula com a rampa de acesso e o cruzeiro metálico de forma sensível.

Ficha técnica

Projeto / autoria: João A. V. Diniz, arquiteto MSc 

Arquitetos colaboradores: Priscila Garcia, Joao Pedro Torres, José Luis Baccarini, Isabel Diniz e Jessica Neves, (JDArq Ltda) Rosimeire Brandão, Clarissa Barreto Fascio, Cristiana Fonseca (Globo Engenharia Arquitetura Ltda), Eduardo Rossi (CIAAR)

Projeto Estrutura Concreto e Metálica: Fábio Marquezin eng, Fernanda Milcent eng. I Projetos Esgoto / Hidráulica / Incêndio: Renata Brito Mota Lauria eng I Projeto Elétrico: Roberto J. Trigo Boente eng, Francisco Assis G. Sacramento eng. I 

Projeto Climatização: Mário Sérgio P. de Almeida eng. 

Fotografia: Marcílio Gazzinelli

Área Construída: 482,00 m2
Ano de conclusão da obra: 2018
Local: CIAAR: Centro de Integração e Aperfeiçoamento da Aeronáutica, Lagoa Santa, M

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PRANCHA 03

PAVILHÃO DO ALTO

Arquiteto Gustavo Martins

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Arquitetura de Novas Edificações

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Abrigo-receptivo do Parque Nacional do Itatiaia

 “Nós arquitetos estamos preocupados em projetar edificações como manifestações filosóficas de espaço, estrutura e ordem, mas parecemos incapazes de lidar com os aspectos mais sutis, emocionais e difusos. ” PALLASMAA (p.14, 2017).

O presente projeto consiste no desenvolvimento da proposta de um abrigo-receptivo destinado aos funcionários e visitantes da parte alta do Parque Nacional do Itatiaia, solicitado pela Fundação Chico Mendes (ICMBio) em 2019/2020, cercado por condicionantes de operação e com o objetivo prático de abrigar funcionários que passam temporadas no planalto, como também o de acolher visitantes que buscam se aventurar nas diversas trilhas, passeios e atividades do Parque.

Como lidar com a desconcertante necessidade de se construir um edifício em solo sagrado, circunscrito à paisagem exuberante de um dos lugares de atmosfera mais extraordinários do Brasil?

Propomos então um processo de projeto que se baseia numa cooperação entre o sentimento e o intelecto. Nesse sentido, o edifício deve ser capaz de absorver os vestígios da vida, e consequentemente gerar riqueza espacial, aproximando-se da escala do lugar e de tudo que o circunscreve. A essência daquilo que caracteriza este território repleto de história e vida, está, sem dúvida, na sua materialidade e nos detalhes. O edifício projetado, não deve ser encarado como mero abrigo, mas sim, como espaço que integra a memória, a paisagem, seus usuários, desejos, medos, o passado e o presente. E nesse instante, o abrigo deixa de ser entendido como mero espaço de acolhimento, e passa a ser parte de nós mesmos, transcendendo o sentido pragmático de seu programa e simples objetivo.   

Para tal, entendemos a necessidade de estabelecer algumas premissas:

  • O edifício deve ser facilmente reconhecido pelos visitantes;
  • Sua estrutura Nômade, deve ser pensada para fácil deslocamento, montagem e desmontagem, em virtude do difícil acesso e escarceis de materiais de construção na região; 
  • O volume deve alçar-se um pouco do solo, o que evitará umidade e permitirá a manutenção das características do relevo e da paisagem circundante;
  • O edifício deve ser completamente acessível e precisa garantir adequado conforto ambiental a seu usuário, além de externar seu comprometimento ambiental; 
  • E por fim, comprometer-se em fazer do edifício parte do território através de seus espaço e materialidade;
Parecer da Comissão Julgadora

A comissão selecionou esse trabalho ainda em desenho por seu posicionamento num sítio de difícil acesso, junto a uma natureza inusitada do Parque de Itatiaia, propondo sua montagem a partir de elementos pré-moldados

Ficha técnica

Local: Niterói, Rio de Janeiro

Equipe: Gustavo Martins ( sócio fundador/ OFICINA DE ARQUITETOS), Ana Paula Polizzo ( sócia fundadora/ OFICINA DE ARQUITETOS), Wagner Bruno Bitencourt (Arquiteto /OFICINA DE ARQUITETOS), Danilo dos Santos Galvão (Arquiteto / OFICINA DE ARQUITETOS), Fernando Acylino (Arq. Paisagista), Priscila Kelly Guimarães (Arq(a). Paisagista)

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CASA DO MONTE

Arquiteto Alziro Carvalho Neto

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Arquitetura de Novas Edificações

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As circunstâncias inerentes ao projeto para a ‘Casa do Monte’ remetem a um dos temas mais primordiais da arquitetura – a relação entre a obra e a paisagem. Nesse sentido, por estar localizada no alto de uma montanha, tal relação pode ser explorada a fim de perceber os limites incertos entre a horizontalidade da paisagem e a figura da obra arquitetônica. Partindo dessa premissa, a estrutura que conforma a espacialidade da habitação surge do posicionamento de cinco planos paralelos, cujo intervalo entre eles determina o caráter funcional e estrutural do projeto. A configuração desses planos cria dois eixos estruturadores, possibilitando duas formas de se relacionar com o exterior.

O eixo longitudinal a eles, que se volta para o exterior sublime da paisagem. E outro transversal, que articula os diversos atravessamentos e ambientes que configuram a forma de habitar da casa. A opção por uma construção em um único nível reitera essa premissa de continuidade entre os ambientes, e entre interior e exterior. Ao expandir pelo terreno todos os usos inerentes à habitação em uma mesma cota, permite-se explorar as diversas possibilidades de se ocupar e vivenciar o terreno. Seja nos espaços internos, seja nas áreas externas. O único momento que há uma alteração de nível é na área destinado a piscina, que possui a mesma cota da laje que cobre as duas alas destinadas aos dormitórios.

Como são cobertas por uma forração de grama, elas também se tornam piso, permitindo assim a configuração de um mirante que se volta para a paisagem que se impõe ao redor, tendo a abóbada celeste como proteção. Todos os ambientes se relacionam com o exterior, e tal relação é reiterada a partir da expansão dos elementos que conformam a estrutura espacial de cada um desses ambientes. Isto se percebe na continuidade dos planos das paredes, nas marquises de concreto, e nos pisos das varandas – cujo tom terroso, remete á tonalidade do solo da região. Essa indeterminação dos limites busca criar esse abrigo externo, reforçando a relação com a paisagem que o envolve.

No espaço central, a relação entre o exterior e interior ganha potência na escala, ao receber uma cobertura cuja estrutura se destaca da volumetria dos demais ambientes. O detalhe de fixação da madeira nos planos de alvenaria, além de guardar a memória do processo construtivo, remetendo às escoras das formas das vigas de concreto, possibilita a entrada de luz, e a saída da percepção para o exterior. Do mais interior ao mais exterior, o espaço entre ganha ares de praça. Quase externo, quase interno. Luz, ar, pessoas e paisagem.

Parecer da Comissão Julgadora

A comissão destaca o local e a concepção dessa construção, assinalando sua gênese a partir de cinco planos de parede, que conformam uma espacialidade rica e uma interação adequada com o sítio aonde se encontra.

Ficha técnica

Local: Jardim Botânico, Rio de Janeiro

Arquiteto titular: Alziro Carvalho Neto e Felipe Rio Branco

Arquitetos equipe: Júlia Carreira, Caroline Lacerda

Colaboradores: Lucas Coelho Netto, Raphael Carneiro, Mateus Leoni, Anna Ghiatã Gerk.

Construção: Gregório Rosenbusch

Cálculo estrutural: Ricardo Barelli

Estrutura de madeira: ITA Construtora

Paisagismo: Embyá

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O-SI ÔNIBUS SAÚDE IMEDIATA

Arquiteto Enrico Cassetini

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Restauro e Transformação de Uso

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Arquitetura Combativa de impacto permanente:

A plataforma O-SI (Ônibus de Saúde Imediata) será um equipamento de saúde de atendimento primário, móvel e modular, de rápida implantação e grande alcance. O projeto prevê a reutilização de até 4.800 veículos de transporte coletivo recentemente retirados de frota e adaptação de seu espaço interno para uso clínico com foco em diagnóstico, tratamento e vacinação. Identificamos que um dos efeitos indiretos decorrentes da atual pandemia é a diminuição da ida a hospitais (públicos e privados), postos de saúde, UBS (unidades básicas de saúde) e UPAs (unidades de pronto atendimento) por parte da população, devido ao medo do contágio pelo covid-19, podendo isto acarretar inúmeras complicações à saúde dos munícipes, não diretamente relacionadas ao vírus. 

Desenhado de forma a acompanhar as necessidades espaciais da modernização médica, o Ônibus de Saúde Imediata (O-SI) irá oferecer uma opção segura de atendimento preliminar, tratamento  e vacinação contra covid-19 e de doenças comuns durante e depois da pandemia. Passada a atual crise de saúde, o projeto será escalado e multiplicado, e funcionará na vanguarda das unidades básicas de saúde, operando off-grid quando necessário, de forma tecnológica e pontual com pré-agendamentos e triagem realizados por aplicativo e de maneira não presencial. Reduzindo custos para o sistema de saúde e democratizando o acesso universal à saúde e o atendimento de qualidade; sem filas e sem surpresas.

De forma a complementar o atendimento médico, o ambiente clínico será altamente controlado e utilizará materiais antivirais, antibacterianos e hidrorrepentes, sendo de fácil e rápida higienização. Conforme especificado no projeto de healthcare design, o O-SI possui piso em epóxi hospitalar com recobrimento antimicrobiano, paredes em alumínio ACM de baixa porosidade e alta uniformidade e divisórias em tecido BioActive antifúngico e antimicrobiano, certificado pela ISO9001 e aprovado pela Anvisa. Somado ao controle interno de ar por pressão positiva e purificação com insuflamento constante, filtragem por micropartículas de prata e recirculação de ar esterilizado por H2O2 (peróxido de hidrogênio).

Desta forma, a plataforma entregará atendimento à saúde com grande mobilidade e segurança, podendo acessar regiões que necessitam de atendimento médico e vacinação, e com isso evitando que usuários se desloquem para áreas com maior exposição ao vírus e assim protegendo pacientes e operadores de saúde.

Parecer da Comissão Julgadora

A comissão convergiu na escolha desse trabalho pelo seu senso de oportunidade e sensibilidade, diante do momento pandêmico que vivemos. O trabalho, se configura como um manifesto em favor da coordenação e articulação de esforços no combate ao Covid-19, mostrando convergência com a economia cíclica e com a concisão no uso dos recursos públicos, sublinhando como arquitetos podem auxiliar de forma emblemática, nesse enfrentamento.

Ficha técnica

Local: Vila Clementino, São Paulo

Líder do projeto: Andre Enrico Cassettari Zanolla 

Arquiteto sênior: Antonio Roberto Zanolla 

Design: Sun Rei Lin

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ESCRITÓRIO VANGUARD

Arquiteta Thaisa Boher

 

PREMIADO

Categoria Arquitetura de Interiores

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Disponibilizar aos funcionários e colaboradores das empresas um espaço integrado, que ofereça bem-estar e faça a produtividade aumentar, é uma das tendências da arquitetura corporativa atual.

Pensando nessa estratégia, a Bohrer Arquitetos reuniu todas as premissas e foi a responsável pelo projeto arquitetônico e de interiores do escritório da Construtora Vanguard em Londrina, no Paraná.

A partir do novo posicionamento da marca e do perfil dos colaboradores, o novo escritório foi ampliado e a Central de Vendas ganhou quase 2 mil m² de área construída, além de um espaço para mais cinco apartamentos decorados.

A ideia central do briefing foi seguir a linha dos novos modelos corporativos para ambientes de trabalho. O escritório então colocou em prática ideias que estimulam a criatividade no dia-a-dia, através do uso de cores vibrantes, biofilia, concreto aparente e madeira.

Toda a área de trabalho foi integrada e ganhou ambientes descontraídos para um bate-papo produtivo entre os funcionários. 

Em um local pensado para as pausas informais e como ponto de encontro para os times trocarem ideias e experiências, o café foi projetado aliando funcionalidade e descontração.

Ao todo, o novo escritório conta com sete salas de reuniões, sendo cinco menores e duas mais amplas. Os layouts criados atendem as diferentes necessidades dos colaboradores de acordo com as demandas diárias, trazendo um mix completo para uso individual ou coletivo dos integrantes da Vanguard – sempre aliando praticidade e um fluxo correto para a realização das atividades.

No projeto luminotécnico, optou-se por utilizar a iluminação direta, com foco nas estações de trabalho, e a difusa para iluminação geral, buscando o conforto visual para os colaboradores de acordo com as atividades desenvolvidas em locais diversos.

Pendentes também foram utilizados para conferir identidade aos diferentes espaços, assim como toda a decoração e ambientação propostas. Compondo com estes elementos, as grandes placas circulares suspensas trazem o conforto acústico desejado.

O projeto paisagístico seguiu a proposta de ambientes que reforçam a produtividade e o bem-estar. A presença do verde se contrapõe ao cinza do concreto aparente. A união de uma vegetação agradável com a madeira no piso confere aconchego ao espaço.

Para somar à todas as ideias propostas para o projeto, a comunicação visual fez a sinalização dos ambientes de forma harmônica e criativa.

Parecer da Comissão Julgadora

A comissão destaca a competência do trabalho, que articula apuro técnico, programação visual, escolha da materialidade e coordenação das complexas instalações numa síntese notável.

Ficha técnica

Arquiteta – Gerente de Interiores: Michele Sakurai Iramina

Arquiteta – Coordenadora de Interiores: Juliana Pimenta

Arquiteta: Isabela Soldorio

Arquiteta Chefe: Luiza Bohrer 

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PRANCHA 03

APARADOR HORIZONTE

Arquiteta Lia Siqueira

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Arquitetura de Interiores

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Exercício muito desenvolvido e expressado na arquitetura e no universo das artes é o da marcação retilínea. O seu movimento uniforme e repetitivo proporciona uma composição onde a leitura se torna única. 

O aparador Horizonte nasceu deste exercício e deste ato rítmico. A peça retrata a força que ganha um conjunto de repetições quando transformado em um único bloco, homogêneo.

A prática retilínea, casada à figura do triângulo, viabilizou que a abertura das gavetas se desse através de pegas que acontecem como sutis rasgos abstenidos do olhar, convidando a intuição do movimento humano.

Encaixes podem ser evidenciados pelo uso da madeira. A maneira com a qual esse material natural é trabalhado permite a revelação do processo construtivo.

Apoderando-se não apenas do aspecto estético das suas linhas retas e da sua geometria, a peça voa. Por trabalhar tensões visuais, cria-se uma característica escultórica.

Com a sua presença física, o aparador flutua no horizonte.

Parecer da Comissão Julgadora

A comissão destaca o trabalho de design da peça do aparador, reforçado por suas linhas horizontais, que destacam seu claro posicionamento contrastante diante de contextos variados e múltiplos.

Ficha técnica

Lia Siqueira – Arquiteta

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APARTAMENTO SQS205 BRASÍLIA

Arquiteto Paulo Borges

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Arquitetura de Interiores

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O apartamento localizado em Brasília na Super Quadra 205 Norte foi reorganizado a partir da

planta original. O objetivo foi ampliar o diálogo dos espaços para atender as necessidades dos novos moradores, sem que houvesse a perda de intimidade.

O apartamento localizado em Brasília na Super Quadra 205 Norte foi reorganizado a partir da planta original. O objetivo foi ampliar o diálogo dos espaços para atender as necessidades dos novos moradores, sem que houvesse a perda de intimidade. O apartamento localizado em Brasília na Super Quadra 205 Norte foi reorganizado a partir da planta original. O objetivo foi ampliar o diálogo dos espaços para atender as necessidades dos novos moradores, sem que houvesse a perda de intimidade.

Parecer da Comissão Julgadora

A comissão destaca a concisão da reforma, que se estrutura em torno de um móvel, que ao mesmo tempo separa e integra ambientes.

Ficha técnica

Local: Brasília, DF

projeto: 2017

arquitetura: dl arquitetos associados + gsr arquitetos

autores: Deryck Dantom, Paulo Lourenço de Jesus e Paulo Borges Ribeiro

Fotografia: André Kazuo

Mestre de obras: Junho Davi Borges

Serralheria: Odair José

Marcenaria: Prime

Marmorária: Auri mármores e granitos

Caixilharia e vidro: Taguabox

Consultoria de estrutura: Eng. Leonardo Katori / Arq. Elcio Gomes

estrutura e instalações: dl arquitetos associados + gsr arquitetos

obra: 2018

área construída: 115m²

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PRANCHA 03

NOVA AVENIDA MARQUES DO PARANÁ (NITERÓI)

Arquiteto José Renato Barandier Jr (Secretário de Urbanismo)

 

PREMIADO

Categoria Urbanismo e Paisagismo

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NOVA MARQUÊS DO PARANÁ: RESGATE DO ESPAÇO PÚBLICO

A Avenida Marquês do Paraná se caracteriza por ser o principal eixo de ligação dos bairros das regiões Sul, Pendotiba e Oceânica – que somam 75% da população – com o Centro, Região Norte e demais municípios do Leste Metropolitano.

Além de principal eixo de acesso ao Centro de Niterói, bairro que abrange 40% dos empregos formais da cidade, a “Marquês” também passou a ser uma das principais vias de acesso da cidade após a inauguração da Ponte Rio-Niterói. A tentativa de adaptar a cidade pós-Ponte ao automóvel resultou, no entanto, em uma verdadeira mutilação urbana: redução progressiva da largura de passeios, ausência de condições para o deslocamento por bicicleta e um espaço público sem nenhuma qualidade urbanística ou paisagística, que pouco a pouco foram tornando as pessoas reféns do automóvel e as afastando do dia a dia da cidade. A redução de quatro para três faixas em direção ao Centro acabava por gerar extensas retenções até os bairros de São Francisco e Charitas. A saída do Centro pela Rua Dr. Celestino, com apenas uma faixa em direção aos bairros, sequestrava o tempo dos trabalhadores após longas jornadas de trabalho. Além disso, a ausência de áreas verdes e a existência de uma grande área residual promoviam o declínio da qualidade urbana e reduziam a sensação de segurança na via. Como resultado, a Av. Marquês do Paraná permaneceu por quatro décadas como uma via de passagem motorizada degradada urbanisticamente, sem nenhuma vitalidade urbana e com assimetria na distribuição dos espaços de circulação – apenas 25% das pessoas que circulavam por automóvel ocupavam quase 75% da via.

O projeto de requalificação urbana da Av. Marquês do Paraná teve como principais eixos a efetiva promoção da mobilidade sustentável e a reabilitação daquela área degradada na Área Central de Niterói. Como resultado, a inversão de prioridade na distribuição dos espaços da avenida antes dedicada prioritariamente ao automóvel particular para um domínio preferencial de pedestres, transporte público e ciclistas é, possivelmente, o principal impacto positivo do projeto juntamente com os ganhos na qualidade ambiental e na humanização da via. Após a implantação do projeto, a área destinada ao modo privado individual foi reduzida a apenas 9.210 m2, uma redução de mais de 35%. Isso permitiu dedicar novas áreas aos modos mais sustentáveis que  hoje permitem uma apropriação mais segura, confortável e dinâmica nessa área da cidade, além da ampliação da segurança na circulação, por meio da redução de pontos de conflito entre veículos e pedestres, redesenho viário e implantação de travessias seguras. A sinalização e iluminação dedicada exclusivamente a pedestres e ciclistas, também promovem a apropriação de espaços à noite. O conforto foi ampliado pela intensificação da arborização urbana, com plantio de 98 indivíduos de médio porte, promovendo sombreamento do passeio e impacto positivo no microclima da área. A ampliação da taxa de permeabilidade superou a marca de 240% devido à substituição de áreas pavimentadas em concreto por áreas de jardim, que foram ampliadas de 595 m2 para 2.300 m2. Isso se soma à criação de um sistema de irrigação automático a partir de um reservatório subterrâneo de captação de águas pluviais, com capacidade para 60 mil litros, gerando, como consequência, redução dos eventos de alagamento na área, com impactos positivos na segurança, saúde ambiental e imagem do lugar.

As obras de implantação do projeto foram iniciadas em agosto de 2019 e a Nova Marquês do Paraná foi inaugurada em junho de 2020. O respeito ao prazo, orçamento e a qualidade da execução podem ser atribuídos em boa medida ao fato da obra pública ter sido licitada com projeto executivo.

Parecer da Comissão Julgadora

A comissão destaca a natureza do projeto, que promove a ampliação das áreas caminháveis, regulariza e limita o rodoviarismo imperante, amplia a presença de verde nas superfícies como locais de permanência e promove ampla arborização.

Ficha técnica

Concepção e Projeto Básico: Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade de Niterói

 Coordenador do Projeto Básico: Renato Barandier Jr e Fabrício Arriaga

Equipe Técnica Projeto Básico: PCE Projetos e Consultoria de Engenharia Ltda

Coordenadora do Projeto Executivo: Miréia Hernandez Asensi

Empresa Construtora: MP Engenharia Ltda

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ARENA BSB

Arquiteto Paulo Victor Borges Ribeiro

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Urbanismo e Paisagismo

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ARENA BSB

* Projeto vencedor do Concurso Nacional de Arquitetura e Paisagismo para Requalificação do Complexo

Esportivo e de Lazer Arena BSB.

“um espaço urbano mais densamente utilizado e propício ao encontro. (…) propiciar a efetiva existência da escala

gregária — além da Rodoviária e dos dois Setores de Diversões — prevendo percursos contínuos e animados para

pedestres (…)”

(Lucio Costa, Brasília Revisitada, sobre a escala gregária)

A escala gregária imaginada para o Plano Original de 500 mil habitantes e descrita em “Brasília

Revisitada”, é reinterpretada neste projeto – em seus elementos arquitetônicos, urbanísticos e

paisagísticos, para a escala gregária da metrópole e seus mais de três milhões de habitantes.

Propõe-se, nesse sentido, um espaço vivo, aberto, inclusivo e integrado, que promova a apropriação coletiva, como extensão da cidade e não como um fragmento isolado ou fechado em relação ao contexto urbano.

flexibilidade e unidade

Equilíbrio entre a flexibilidade de ocupação e a unidade do conjunto. Este é objetivo que define a estratégia de implantação do projeto. Ao mesmo tempo em que permite a construção por etapas; as diversas possibilidades de ocupação e a adaptabilidade ao longo do tempo, procura-se evitar a fragmentação excessiva e a descontinuidade. Trata-se de acolher a diversidade e a imprevisibilidade sem perder a perspectiva de um conjunto coeso. A proposta busca coerência com o espírito do Plano Piloto revisto segundo as demandas contemporâneas de acessibilidade, sustentabilidade, flexibilidade do espaço construído. Para esse fim, são utilizados elementos ordenadores (de arquitetura, urbanismo e paisagismo), que buscam integrar, em escala e linguagem, as diversas funções do complexo.

sistema dinâmico e flexível

O Bulevar, como núcleo de convergência do conjunto, é proposto como um sistema flexível, ativo, dinâmico e acessível, articulado por ruas, praças e eixos ordenadores, que se conectam com todo o complexo em seus diversos níveis e com o entorno por meio das praças de mobilidade. O conjunto é permeado por elementos paisagísticos traçados segundo o caminho natural das águas e configurado de acordo com a escala das pessoas.

ruas ativas: a referência das “comerciais”

O Bulevar incorpora, em escala e estratégia de ocupação, as principais qualidades das ruas ativas contemporâneas, que em Brasília encontram paralelo em algumas características das “comerciais” do Plano Piloto. Das comerciais da Asa Norte as referências são a diversidade de uso; a ocupação em três pavimentos; as galerias sombreadas no térreo; os usos voltados para todas as fachadas e a possibilidade de execução em etapas. As comerciais da Asa Sul estão presentes na continuidade do passeio; na unidade do conjunto e sua horizontalidade; no ajuste à topografia; na integração com o entorno e na acessibilidade. A principal diferença está na apropriação da rua: enquanto as comerciais do Plano Piloto são cortadas pelo fluxo intenso de veículos, as comerciais do Bulevar serão calçadões, praças e passeios dedicados aos pedestres.

Parecer da Comissão Julgadora

A comissão destaca o aproveitamento dos níveis do terreno, e, a partir disso a exploração de passagens e conexões, que estruturam lugares diferenciados dentro de um conjunto, que aliás já foi reconhecido na categoria como vencedor do concurso.

Ficha técnica

Arquitetura: ARQBR + GSR

Autores: André Velloso, Eder Alencar, Elcio Gomes, Fabiano Sobreira e Paulo Borges Ribeiro.

Colaboradores: Caio Nascimento, Danielle Gresler, Gabriel Lordelo, Gabriel Perucchi, Luana Alves,

Marcelo Braga, Marcos Cambuí, Mariana Castro, Mateus Reis, Pedro Avelino; Thaís Lacerda; Thaís Losi.

Paisagismo: Mariana Siqueira. Eficiência Energética: Juliana Andrade e Natasha Alves. Estruturas em

aço: Paulo Roberto Freitas. Estruturas em concreto: Lucílio Vitorino. Ar condicionado e Instalações:

Paulo Ribeiro da Silva. Drenagem: Davi Navarro. Maquete: Daniel Miike.

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PRANCHA 01

PRANCHA 02

PRANCHA 03

FUNDIÇÃO VERDE

Arquiteta Fabiana Carvalho

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Urbanismo e Paisagismo

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FUNDIÇÃO VERDE

A Fundição Verde é um programa do Centro Cultural da Fundição Progresso que realiza iniciativas para a promoção de sustentabilidade.

Permeado pela atmosfera de arte e coragem, o projeto apresentado é sobre a transformação de um espaço da Fundição Progresso que estava sendo subutilizado, tanto para o próprio centro cultural quanto para o entorno, em um lugar cheio de significados, beleza e diálogo.

O espaço que era cercado por uma barreira visual improvisada, agora recebe os olhares vindos do exterior através de uma grade-escultura, apelidada carinhosamente de ‘A Grade-Ser’. 

A nova grade é calcada nas teorias de análise urbana da norte-americana Jane Jacobs que apontam três características fundamentais para a promoção de ruas seguras: prédios com permeabilidade visual, rua com atrativos, separação explícita entre o espaço público e privado.

O antigo gradil com banner existente no local estava inserido numa ideia de segurança de ‘auto confinamento’, simbolizada na presença de muros e câmaras, como maneira de produzir espaços seguros. No entanto, a própria experiência dos produtores da Casa mostra que o bloqueio visual com a rua não trouxe mais segurança.

A corajosa proposta foi uma grade-escultura de 93m feita de barras chatas de metal que mimetiza folhas de plantas existentes no interior do Cento Cultural, estimulando o diálogo entre cidade e natureza.

Além da grade-escultura, foram implementados Jardins de Chuva para essa área que sofria com alagamentos em episódios de chuva, agora permite que eventos sejam realizados sem contratempos, devido a essa tipologia de jardim que absorve essas águas. Ao todo 173m² de piso se tornaram permeáveis.

Os jardins de chuva são um sistema de biorretenção de águas de chuva que imita as soluções da natureza.  Ele se diferencia de um jardim convencional por possuir uma escavação mais profunda, que é preenchida com pedras, para que possa criar um reservatório temporário de água que infiltrará no solo aos poucos e também será captada pelas raízes das plantas e liberadas por evapotranspiração nos momentos seguintes à chuva.

A Fundição Progresso acredita que todos somos co-criadores da cidade que queremos e na arte e coragem como ferramentas para essa transformação.

É a busca por deixar entrar, penetrar-se, afetar-se e ser afetado.

É ver e ser visto, é se reconhecer no outro.

É deixar a água seguir seu caminho natural.

É deixar o verde e a arte fazerem cidade.

Parecer da Comissão Julgadora

A comissão destaca a singeleza das transformações propostas de forma coletiva e plural no contexto da Fundição Progresso na cidade do RJ, que a partir de poucos recursos atinge grande impacto na sua melhoria. O jardim de chuva se destaca como uma intervenção sensível e adequada para a permeabilidade no local, dando-lhe uma potência. O limite de controle entre cidade e espaço controlado nos remete a uma generosidade urbana, que nos revela o valor da transparência e continuidade no espaço urbano.

Ficha técnica

Idealização: Perfeito Fortuna

Coordenação geral: Uirá Fortuna, Leandro Almeida, Cristina Nogueira, Vanessa Damasco, Nelson Teixeira

Paisagismo funcional: Alice Worcman, Daniel Gabriel

Design: João Bird

Engenharia: Fernando Mandarino

Coordenação cênica: Fabrício da Costa

Consultoria técnica jardim de chuva: Cecília Herzog, Pierre Martin

 

 

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ARQUITETURA HUMANITÁRIA

Arquiteta Vera Hazan (professora PUC-Rio)

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Difusão da Arquitetura

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CONVERSAS SOBRE ARQUITETURA HUMANITÁRIA

Apresentação

Desde 2019, quando o Laboratório de Arquitetura Humanitária começou a se configurar, muitas atividades em torno do tema motivaram diversas ações, entre as quais a realização da revista Prumo #6 – Êxodos e Migrações e a organização de dois workshops interdisciplinares em conjunto com diversas instituições, proposto inicialmente para a UIA2020 e Rio2020 Capital Mundial da Arquitetura e futuras exposições. Com a COVID-19, outras questões surgiram e esse adiamento suscitou a possibilidade de ampliar ainda mais o debate e a difusão do tema junto à Arquitetura e o Urbanismo, dentro de um campo mais ampliado e diverso.

Em função disso, foram organizadas nove Conversas Sobre Arquitetura Humanitária a partir de agosto de 2020. Com o apoio de diversas instituições e chancela da programação do próprio evento UIA2021 e Rio2020Capital Mundial da Arquitetura, as lives integraram a programação oficial do Circuito Urbano ONUHABITAT 2020 durante todo o mês de outubro, e finalizam esse primeiro ciclo no dia 27 de novembro durante o evento SERURBANO, organizado por estudantes do Curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio.

Se, por um lado, o confinamento e o distanciamento forçados colocaram em xeque a sociedade em que vivemos, vimos na disponibilidade do uso das redes a possibilidade de reduzir a distância entre pessoas que podem contribuir para o debate e ampliar a rede de discussão sobre o tema. Desta forma, reunimos, sobretudo, experiências de extrema riqueza e grandes trocas de afeto que só reforçaram o quanto valeu o esforço dessa ação.

O formato de conversas foi imaginado para ser algo mais aberto e intimista, para que as pudessem ocorrer de forma mais fluida, natural e participativa. Afinal, não era a proposta de um seminário, e sim de conversas sobre arquitetura humanitária disponíveis na rede, com depoimentos não só de especialistas como de pessoas em situação de vulnerabilidade humanitária. Talvez isso tenha marcado as sessões e reforçado o acolhimento ao tema e a grande participação de um público diverso durante toda a edição.

O aumento das migrações decorrentes de guerras, problemas socioeconômicos e territoriais, conflitos étnico-raciais e religiosos, desastres ambientais e a Covid-19 ampliou a crise humanitária internacional. Segundo o ACNUR, existem 80.000.000 de pessoas em deslocamento forçado pelo mundo em 2020. As conversas sobre Arquitetura Humanitária fazem parte do Circuito Urbano ONUHABITAT 2020, com participação de profissionais envolvidos e pessoas em situação de refúgio, sob a ótica do campo ampliado.

Descrição de cada conversa:

CONVERSA: ARQUITETURA DOS ABRIGOS DE REFÚGIO – 27/08/2020

Para conversar sobre o acolhimento dos refugiados venezuelanos em Roraima, convidamos os arquitetos do ACNUR Fabiano Sartori e Juliana Coelho, atuantes na linha de frente dessa crise humanitária que assola o mundo com cerca de 80 milhões de pessoas em trânsito. Como moderadora, Vera Hazan, supervisora do Escritório Modelo do Departamento  de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio, coordenadora do Laboratório de Arquitetura Humanitária e membro da CSVM/ACNUR/PUC-Rio.

CONVERSA: PROJETANDO O FUTURO HOJE – 10/09/2020

A conversa “Projetando o Futuro Hoje” conta com a participação de duas jovens arquitetas premiadas com seus Trabalhos de Conclusão de Curso: Mariana Montag, com a Casa de Jajja, e Maria Clara Barsotti, com as Tendas Ilê. A apresentação de seus projetos e experiências profissionais estimulou o envolvimento de estudantes e jovens arquitetos em projetos sociais. Como moderadora, Júlia de Queiroz, membro do Lab.AH (Laboratório de Arquitetura Humanitária) e aluna de graduação do DAU/PUC-Rio.

CONVERSA: REFÚGIO AMBIENTAL E A LUTA INDÍGENA –  24/09/2020

Disputa de terra, crise climática, desastres naturais, desmatamento, garimpo têm provocado o aumento do refúgio ambiental no Brasil, sobretudo de povos indígenas. Para debater esse tema, convidamos Nurit Bensusan, bióloga, ativista e educadora ambiental do ISA, Cris Pankararu, antropóloga, ativista e liderança indígena do povo Pankararu e o arquiteto e professor Igor de Vetyemy Ipãmakãyê Pataxó, atual copresidente do IAB-RJ e moderador desta conversa.

CONVERSA: VULNERABILIDADES URBANAS –  08/10/2020

Apesar da diversidade étnica e cultural do país, o Brasil é um país que preserva diversas  barreiras  e preconceitos. Convidamos Marcela Dimenstein, arquiteta graduada pela UFPB e doutoranda pelo PPGAU/UFRRN, Nuria Manresa, arquiteta, arte-educadora e co-fundadora da Brotos Oficina de Belo Horizonte, e Maria Helena Zamora, psicóloga social, prof. DSc. PSI/PUC-Rio  e  membro da CSVM/ACNUR/PUC-Rio, como moderadora, para conversar sobre seus projetos junto a refugiados e outros grupos vulneráveis.

CONVERSA: PERSPECTIVA DA MULHER EM REFÚGIO NA CIDADE- 15/10/2020

A perspectiva da mulher em refúgio na cidade é o tema desta conversa que aborda as narrativas de um grupo de venezuelanas que vieram para o Rio de Janeiro, relatadas no documentário Adelante. Para compreender essas falas, convidamos Luiza Trindade, jornalista, cineasta e diretora do documentário, a venezuelana Juling Fermin, uma das entrevistadas do filme e Rosana Bines, Prof. DSc. em Letras e membro da CSVM/ACNUR/PUC-Rio como moderadora.

CONVERSA: INTEGRAÇÃO E ECONOMIA CRIATIVA NO REFÚGIO – 22/10/2020

A economia criativa é um caminho seguido por muitos refugiados nas grandes cidades. Convidamos Maria Gabriela Moreno, feirante venezuelana da Chega Junto,  Anitha Agoussou, do Benim, que atua como professora de francês no Abraço Cultural, Cacau Vieira, cofundadora da ONG Abraço Cultural/RJ, e Paula Camargo, gerente do Centro Carioca de Design, arquiteta e urbanista, mestre em História, Política e Bens Culturais pela FGV e pesquisadora da ESDI para atuar como moderadora.

CONVERSA: SITUAÇÕES DE REFÚGIO NO RIO DE JANEIRO – 29/10/2020

Embora o isolamento social seja a medida preventiva adotada com a COVID-19, muitos refugiados sofrem com a instabilidade dessa situação. Convidamos Natália Cidade, arquiteta e MSc em urbanismo pelo PROURB/FAU/UFRJ, com trabalho premiado sobre o tema, Rebeca Almeida, Coordenadora de Migração e Refúgio na SEASDH e Vice-presidente do CEIPARM/RJ, e Ariane Paiva, DSC em  Política Social, profª de Serviço Social e membro da CSVM/ACNUR/PUC-Rio como moderadora desta conversa sobre a situação no Rio.

Parecer da Comissão Julgadora

A comissão destaca o engajamento e o esforço por iluminar um tema que vem se ampliando em nossa sociedade contemporânea, o acolhimento aos refugiados.

Ficha técnica

Organização:

EMAUDAU/LABAH/PUC-RIO e CSVM/ACNUR/PUC-Rio

Coordenação:

Profª Vera Magiano Hazan, Supervisora do EMAUDAU (Escritório Modelo do Departamento de Arquitetura e Urbanismo), Coordenadora do LabAH (Laboratório de Arquitetura Humanitária) e Membro da CSVM/ACNUR/PUC-Rio (Cátedra Sergio Vieira de Mello).

Equipe EMAUDAU/LABAH/PUC-Rio:

Julia de Queiroz, Bianca Naylor, Aline Saraiva e Thais Barcellos.

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PORTAL DOS ARQUI MUSEUS

Arquiteta Cêça Guimaraens (professora FAU-UFRJ)

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Difusão da Arquitetura

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PORTAL DO ARQUI MUSEUS

O portal do Grupo de Estudos de Arquitetura de Museus foi criado para divulgar as pesquisas desenvolvidas no âmbito dos cursos de graduação e de pós-graduação em Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Análises qualitativas e projetos de exposições elaborados nas atividades de extensão junto a comunidades e levantamentos de periódicos e livros sobre as principais temáticas museológicas foram integrados aos trabalhos.

Em paralelo, o acesso a dissertações e teses promove o conhecimento produzido. Além disso, hoje, o portal publica informações e notícias sobre seminários e reuniões interdisciplinares, as quais consolidam e ampliam os objetivos originais, contribuindo para reafirmar a importância da cultura arquitetônica no campo da museologia.

No âmbito desse grupo são realizadas pesquisas que analisam a importância dos museus e centros culturais para a requalificação de centros urbanos. Os principais objetivos são: Divulgar pesquisas sobre a arquitetura de espaços museológicos e edifícios com finalidade cultural e expositivos, formar e capacitar pessoal para atuar no projeto de arquitetura de museus e centros culturais, contribuir para o acesso às informações acerca da ampliação/renovação físico-espacial de museus e centros culturais.

Parecer da Comissão Julgadora

A comissão destaca o profissionalismo da proposta, que traz para o debate a vivência da espacialidade concreta dos edifícios que abrigam a fruição de acervos.

Ficha técnica

Cêça Guimaraens, Diego Dias e Helvecio da Silva

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LIVES DO LABORATÓRIO DE DESIGN E ANTROPOLOGIA

Arquiteta Paula Camargo

 

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Categoria Difusão da Arquitetura

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LIVES DO LABORATÓRIO DE DESIGN E ANTROPOLOGIA (LaDA)

O Laboratório de Design e Antropologia (LaDA), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Design da ESDI/UERJ, é composto por profissionais e pesquisadores com diferentes formações, dispostos a estar em movimento através de teorias e práticas compartilhadas, articulando diferentes áreas de conhecimento: design, antropologia, arquitetura e urbanismo, ciências sociais e políticas, entre outras.

As relações com a cidade, com o território, e com processos participativos permeiam muitos dos projetos e pesquisas. As lives apresentam essas relações, explorando e ampliando as conexões entre teoria, prática e pensamento no campo – especialmente, no campo da cidade. Nesse sentido, a difusão da arquitetura e do urbanismo – assim como de campos intrinsecamente relacionados, como decolonialidade, ensino, autonomia alimentar, raça, política e diversidade – é feita através de conexões múltiplas. O laboratório concentra interesses tentaculares, que se ampliam a cada chegada de novos pesquisadores e parceiros.

O canal de YouTube do LaDA é fruto de um esforço coletivo para comunicar as ações e pesquisas do laboratório e, simultaneamente, construir novas pontes. O projeto foi impulsionado, ainda, pelas restrições impostas pela pandemia de Covid-19. Realizamos 12 encontros virtuais, que já somam mais de 7 mil visualizações. As lives estão sendo disponibilizadas, também, como podcasts, ampliando ainda mais seu alcance.

Apresentamos, para a 58a Premiação Anual IAB-RJ 2020 – Rumo ao Centenário, quatro das lives realizadas, que relacionam design, arquitetura e urbanismo a espaços e territórios através de processos e projetos relacionais.

Live 2: “Arquitetura, Design e Antropologia no chão e no centro”, com Paula de Oliveira Camargo e Caio Calafate. Mediação: Zoy Anastassakis.

Live 3: “Fazer com: Encontros entre design, autonomia e soberania alimentar”, com Ana Santos, Diego Santos e Camille Moraes. Mediação: Pedro Biz.

Live 8: “Rua em Transe: Arquitetura, Design e Cidade”, com Barbara Szaniecki, Carolina Ferraz, Gabriel Schvarsberg, Laís Lima e Malu Ventura. Mediação: Paula de Oliveira Camargo.

Live 10: “Dispositivos de conversação: territórios, encontros e participação”, com Flavia Secioso, Liana Ventura, Mariana Costard e Talita Tibola.

As lives do Laboratório de Design e Antropologia (LaDA – ESDI/UERJ) foram realizadas entre junho e agosto de 2020, completando doze semanas de conteúdo já disponível no canal YouTube.com/LaDAESDI, e sendo disponibilizado como podcast no Spotify e Soundcloud. A proposta é expor as correspondências entre temas como design, arquitetura, urbanismo, vida na cidade, participação, raça, decolonialidade e autonomia, entre outros. Dessa forma, é possível ampliar a conversa sobre a cidade, sobre os estares-no-mundo que se permeiam e se conectam através dessa diversidade de olhares e saberes.

Parecer da Comissão Julgadora

A comissão convergiu na eleição desse trabalho por seu enraizamento numa parte da cidade do Rio de Janeiro, tão rica em etnografias ainda não visibilizadas.

Ficha técnica

Coordenação do laboratório e produção de conteúdo: Barbara Szaniecki, Zoy Anastassakis

Produção de conteúdo, comunicação, mídias sociais, operação de plataformas digitais: Bibiana Serpa, Paula de Oliveira Camargo

Produção de conteúdo: Caio Calafate, Camille Moraes, Diego Costa, Mariana Costard, Nilmar Figueiredo, Sâmia Batista, Talita Tibola

Produção de conteúdo, comunicação, design gráfico, mídias sociais, operação de plataformas digitais: Clara Meliande

Produção de conteúdo, operação de plataformas digitais: Imaíra Portel, Pedro Biz

Produção de conteúdo, design gráfico, mídias sociais, operação de plataformas digitais: Marina Sirito

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FEITOS PARA CURAR

Arquiteto Luiz Carlos Toledo

 

PREMIADO

Categoria Produção Teórica

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FEITOS PARA CURAR

Nem foi preciso morder uma Madeleine. Bastou-me ler um ou dois parágrafos do livro Feitos para curar: arquitetura hospitalar e processo projetual no Brasil para ser transportado à virada do milênio e ver-me finalizando a dissertação de mestrado que, anos mais tarde, deu origem a este livro.

Depois de duas décadas ensinando nas faculdades de arquitetura da UFRJ e engenharia da UERJ, e mais de três atuando nos campos do planejamento urbano e regional, da arquitetura em geral e, sobretudo, da hospitalar, eu resolvera buscar na academia a possibilidade de aprofundar meus estudos nessa especialidade, atraído pela complexidade do tema e por sua importância num país onde a atenção à saúde não é tratada como prioridade, ao lado da educação, que tanta falta nos fazem.

Graças aos benditos parágrafos, por alguns instantes esqueci até da peste que nos assola ao perceber que meu livrinho continua a cumprir seu objetivo principal, o de apresentar a arquitetura hospitalar aos jovens arquitetos e estudantes que desejem conhecer esse campo de atuação, ou nele ingressar. Meu prazer foi ainda maior ao constatar que apenas um ou outro parâmetro citado perdeu a validade nesses quatorze anos que separam esta da primeira edição, como, por exemplo, a taxa de 70 m² por leito, usada para estimar a área total do edifício hospitalar a partir do número de leitos de internação.

O aumento da taxa deve-se a diversos fatores, entre os quais o esforço empreendido nas últimas décadas para humanizar a medicina, e com ela o próprio edifício hospitalar. Outra causa do crescimento dos hospitais foi a incorporação dos avanços tecnológicos, que impuseram a criação de espaços para os novos equipamentos de apoio ao diagnóstico e tratamento.

Os leitos fixos de outrora, que determinavam o dimensionamento das enfermarias, foram substituídos por camas móveis que circulam por todo o hospital, impondo o aumento da largura das circulações. Tudo isso fez com que a taxa de 70 m² por leito aumentasse para 100 m², chegando até a 150 m² por leito em unidades de maior complexidade, como, por exemplo, nos hospitais escola! Do mesmo modo, o módulo de 1,20 m, largamente utilizado pelos arquitetos nos projetos hospitalares até há pouco tempo, com exceção de João Filgueiras Lima, o Lelé, que sempre adotou o módulo 1,25 m, também tem crescido nos projetos mais recentes.

Nenhuma dessas modificações, entretanto, superará as que virão após a pandemia que estamos atravessando – posso afirmar que após a COVID-19 a arquitetura hospitalar não será mais a mesma. Uma nova visão, essencialmente interdisciplinar, deverá moldar os futuros projetos hospitalares, e novas disciplinas deverão ser incorporadas ao método projetual ou, quando já consideradas, assumirão maior ou menor peso nas decisões de projeto.

Finalmente, no momento em que atingimos a cifra assustadora de mais de cem mil mortos de brasileiros, e que nossa economia virou de ponta-cabeça, é preciso agradecer e parabenizar a Denise, à frente da Editora Rio Books, pela coragem em investir na publicação desta segunda edição.

Desejo ardentemente que a nova edição de Feitos para curar venha a contribuir, ainda que modestamente, para enfrentar o combate que se avizinha.

Parecer da Comissão Julgadora

A comissão convergiu na eleição desse trabalho, que nos revela a partir de uma série de entrevistas e textos notáveis a importância do ambiente na terapia das diversas doenças que nos assolam. O equilíbrio entre informações de uso, de composição, ou de técnicas construtivas nos revela a potência da ambiência terapêutica para nossa cura.

Ficha técnica

Produção editorial: Denise Correia 

Projeto gráfico: Vinícius Shelck 

Editora Rio Books

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CIDADE HÍBRIDA: CONTRIBUIÇÃO PARA UMA TEORIA DAS PERIFERIAS URBANAS CONTEMPORÂNEAS NO BRASIL

Arquiteto Antônio José Pedral Sampaio Lins

 

 

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Categoria Produção Teórica

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CIDADE HÍBRIDA: CONTRIBUIÇÃO PARA UMA TEORIA DAS PERIFERIAS URBANAS CONTEMPORÂNEAS NO BRASIL

Subúrbios e periferia como conhecemos hoje são um fenômeno característico do século 21. Porém são estudados utilizando-se conceitos e teorias desenvolvidas na primeira metade do século 20. Subúrbios e periferia em nosso século devem ter teorias e estatutos próprios, com o pensamento e olhar diferente aos utilizados até o presente. Supondo que a cidade cresceu e expandiu-se para além das fronteiras e imediações do núcleo central, a dicotomia centro-periferia não faz mais sentido no quadro atual. Hoje a cidade se apresenta com múltiplos centros, dispersa no território, para além do que consideramos o perímetro externo, o que muitos denominam como área peri-urbano ou rurbano, na fronteira com aquilo que convencionou-se chamar de rural. Para superar a ausência de teorias que melhor interpretem e teorizem sobre subúrbios e periferia hoje, há a necessidade de uma diversidade mais ampla, com pontos de vista e descrições que melhor se ajustem ao território metropolitano atual.

Para além das teorias anteriores, novos conceitos e descrições indicam outros olhares, em campos de conhecimento diversos, uma visão multidisciplinar. Entre as novas maneiras de descrever os fenômenos urbanos o da “cidade híbrida” procura ampliar o campo de visão dos fenômenos urbanos. O conceito de “hibridismo” desenvolvido no campo dos estudos culturais, da sociologia e da antropologia, por, entre outros, Bhabha, Appaduray e Canclini, e que o tomaram emprestado da biologia, foi a base para formular o conceito de “cidade híbrida” no campo do urbano. A intenção é buscar novas maneiras de descrever as cidades sobre um dos muitos pontos de vista possíveis, indispensável na análise dos fatos urbanos que ocorrem no pouco pesquisado território do subúrbio que se estende para a periferia.

Coube perguntar: como tem sido a ocupação do território da metrópole? O que nos revela a policentralidade da metrópole? Como se configura a extensa malha urbana que cresceu indefinidamente em direção ao extremo exterior da metrópole? Mostrou que sua construção foi e continua sendo híbrida e dissolvida no território, sem planejamento, de maneira livre, com poucos e insuficientes controles.

Procurei nas atuais periferias distantes, externas ao núcleo central metropolitano, que como os subúrbios do Rio de Janeiro outrora se expandiram para além dos limites considerados como urbanos. São nessas áreas, segundo Robert Fishman, que ocorrem fenômenos urbanos de maneira mais caótica e rápida por estar em permanente processo de crescimento e mudança. Meus recortes focaram os bairros de Rodilândia no distrito de Austin, município de Nova Iguaçu, e de Valderiosa no Município de Queimados, ambos situados na margem direita da Via Dutra, na periferia externa da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Parecer da Comissão Julgadora

A comissão convergiu na escolha desse trabalho pelo esforço de iluminar tema tão importante em nossas cidades. A revisão do Estado da Arte e da Bibliografia são notáveis se constituindo como referência para abordagem dessa condição no Brasil.

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BRASÍLIA, LEITORES E LEITURAS

ARQUITETURA, HSTÓRIA E POLÍTICA (1957-1973)
Arquiteto Luiz Gustavo Sobral Fernandes

 

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Produção Teórica

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BRASÍLIA LEITORES E LEITURAS

Este livro sobre Brasília traz uma ampla visão da cidade, apresentando manifestações, relatos e materiais relativos à difusão de seu projeto, de sua construção e das narrativas de 1957 a 1973.

Todos os capítulos repousam sobre o fenômeno Brasília, apoiados em uma extensa investigação bibliográfica do citado recorte temporal. Embora na época e desde então muito se tenha publicado sobre a nova capital, várias manifestações e publicações acabaram não sendo organizadas – ou até foram esquecidas –, e este texto se propõe retomá-las.

Há, portanto, um senso crítico, uma vez que se recupera o sentido de narrar; este deriva de narro, as, āvi, ātum, āre, que significa, além de “contar”, adjectivo gnārus, a, um, “que conhece, que sabe”, segundo o Houaiss. A raiz deste adjectivo remonta ao indo-europeu, identificável também no grego, por exemplo, em gnôsis, eós, que dá origem a gnose, “ação de conhecer, conhecimento, ciência, sabedoria”.

Por esse motivo, a narrativa levante novos aportes para uma reconstituição historiográfica ampliada sobre muitos dos livros e dos artigos acadêmicos publicados no período de estudo, visualizados sob uma ótica esclarecedora das várias interpretações realizadas.

As narrativas se desenvolvem em sete capítulos – “Aproximações”, “Publicações oficiais”, “Os aliados”, “Narradores e relatos”, “Primeiras narrativas”, “Os críticos e Brasília ocupada”, “Relatos e consolidação” – e um epílogo.

Em “Aproximações” estão situadas a pesquisa e as questões centrais, como: quais foram as interpretações de Brasília pela opinião pública? Quais autores escreveram sobre a cidade? De que forma essas visões estabeleceram balizas para a compreensão do projeto? Por que Brasília despontou e continua sendo um tema “polêmico”? Ainda neste capítulo, ficam estabelecidos critérios de delimitação temporal, definindo-a entre o ano 1957, data do surgimento da Revista Brasília, e 1973, conformação da Brasília ocupada auxiliada pelo recorte estabelecido no livro Two Brazilians Capitals: Architecture and Urbanism in Rio de Janeiro and Brasília (1973), de Norma Evenson. No mesmo capítulo, é introduzida a forma de sua narrativa, que será realizada com conclusões parciais a cada capítulo, reservando ao epílogo a ousadia de refazer as perguntas iniciais tentando conformar um “estado da arte” das publicações sobre a cidade.

Luiz Gustavo apresenta diferentes visões de leitores da cidade ao mesmo tempo que expõe o que se conhece e o que se sabe ter contribuído para que Brasília obtivesse mais reconhecimento, indicando e renovando inquietudes, afirmações e lacunas.

“Pode-se considerar que talvez o Brasil seja hoje melhor com os desdobramentos de Brasília – é, certamente, ao menos diferente daquele país que teria sido se largássemos mão de desejos ou de sonhar um futuro justo e cidadão para todos nós”.

As narrativas apresentadas, além de cristalizar conhecimentos sobre o fenômeno Brasília, abrem questões a ser investigadas em bases mais diversas para compreensão da capital do Brasil.

Por Rafael Perrone (in Vitruvius https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/19.221/7735)

Parecer da Comissão Julgadora

A comissão destaca a importante revisão da bibliografia sobre Brasília, que além de retomar depoimentos importantes traz nos às complexidades da dinâmica de Brasília como cidade em processo.

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GRANDE PRÊMIO DA 58a PREMIAÇÃO DO IAB-RJ

FEITOS PARA CURAR

Arquiteto Luiz Carlos Toledo

 

PREMIADO

Categoria Produção Teórica

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FEITOS PARA CURAR

Nem foi preciso morder uma Madeleine. Bastou-me ler um ou dois parágrafos do livro Feitos para curar: arquitetura hospitalar e processo projetual no Brasil para ser transportado à virada do milênio e ver-me finalizando a dissertação de mestrado que, anos mais tarde, deu origem a este livro.

Depois de duas décadas ensinando nas faculdades de arquitetura da UFRJ e engenharia da UERJ, e mais de três atuando nos campos do planejamento urbano e regional, da arquitetura em geral e, sobretudo, da hospitalar, eu resolvera buscar na academia a possibilidade de aprofundar meus estudos nessa especialidade, atraído pela complexidade do tema e por sua importância num país onde a atenção à saúde não é tratada como prioridade, ao lado da educação, que tanta falta nos fazem.

Graças aos benditos parágrafos, por alguns instantes esqueci até da peste que nos assola ao perceber que meu livrinho continua a cumprir seu objetivo principal, o de apresentar a arquitetura hospitalar aos jovens arquitetos e estudantes que desejem conhecer esse campo de atuação, ou nele ingressar. Meu prazer foi ainda maior ao constatar que apenas um ou outro parâmetro citado perdeu a validade nesses quatorze anos que separam esta da primeira edição, como, por exemplo, a taxa de 70 m² por leito, usada para estimar a área total do edifício hospitalar a partir do número de leitos de internação.

O aumento da taxa deve-se a diversos fatores, entre os quais o esforço empreendido nas últimas décadas para humanizar a medicina, e com ela o próprio edifício hospitalar. Outra causa do crescimento dos hospitais foi a incorporação dos avanços tecnológicos, que impuseram a criação de espaços para os novos equipamentos de apoio ao diagnóstico e tratamento.

Os leitos fixos de outrora, que determinavam o dimensionamento das enfermarias, foram substituídos por camas móveis que circulam por todo o hospital, impondo o aumento da largura das circulações. Tudo isso fez com que a taxa de 70 m² por leito aumentasse para 100 m², chegando até a 150 m² por leito em unidades de maior complexidade, como, por exemplo, nos hospitais escola! Do mesmo modo, o módulo de 1,20 m, largamente utilizado pelos arquitetos nos projetos hospitalares até há pouco tempo, com exceção de João Filgueiras Lima, o Lelé, que sempre adotou o módulo 1,25 m, também tem crescido nos projetos mais recentes.

Nenhuma dessas modificações, entretanto, superará as que virão após a pandemia que estamos atravessando – posso afirmar que após a COVID-19 a arquitetura hospitalar não será mais a mesma. Uma nova visão, essencialmente interdisciplinar, deverá moldar os futuros projetos hospitalares, e novas disciplinas deverão ser incorporadas ao método projetual ou, quando já consideradas, assumirão maior ou menor peso nas decisões de projeto.

Finalmente, no momento em que atingimos a cifra assustadora de mais de cem mil mortos de brasileiros, e que nossa economia virou de ponta-cabeça, é preciso agradecer e parabenizar a Denise, à frente da Editora Rio Books, pela coragem em investir na publicação desta segunda edição.

Desejo ardentemente que a nova edição de Feitos para curar venha a contribuir, ainda que modestamente, para enfrentar o combate que se avizinha.

Parecer da Comissão Julgadora

A Comissão de seleção da 58ª Premiação do IAB-RJ resolveu por unanimidade conceder o Grande Prêmio ao arquiteto Luiz Carlos Toledo, por seu livro Feitos para Curar. A Comissão assinala a relevância desse debate no momento que vivemos, salientando a importância de busca de mecanismos e sinergias que promovam a compreensão dos edifícios de saúde como um todo articulado e estruturado, longe das iniciativas particularizadas e voluntariosas, que deturpam a integridade dessas espacialidades. Considera-se, que com esse destaque os arquitetos celebram a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, que apesar de seus problemas vem se mostrando a alternativa solidária aos graves problemas do nosso
momento.

Ficha técnica

Produção editorial: Denise Correia 

Projeto gráfico: Vinícius Shelck 

Editora Rio Books

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INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL
RIO DE JANEIRO

58a PREMIAÇÃO ANUAL

2020

 
Comissão julgadora

Arquiteta Nanda Eskes

Arquiteta Mylena Arangio

Arquiteto Pedro da Luz Moreira

 

ATA DO JURI

Associe-se ao IAB-RJ

O IAB – Instituto de Arquitetos do Brasil – é uma instituição que objetiva fomentar a discussão da arquitetura e urbanismo e divulgar a profissão do arquiteto perante a sociedade brasileira.

Fundado no Rio de Janeiro em 26 de janeiro de 1921, na sala de História e Teoria da Arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes, o Instituto de Arquitetos do Brasil é a entidade profissional dos arquitetos mais antiga no pais e a representante no Brasil da União Internacional de Arquitetos – UIA – órgão máximo profissional e cultural dos arquitetos no mundo.