CAMINHOS QUE LEVAM À CIDADE: O protagonismo do IAB na Política Urbana Brasileira

Autora Vera Lucia Sanches França e Leite

 

PRÊMIO

Categoria Cultura Arquitetônica

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Alguns motivos me levaram a publicar este trabalho. Dois deles dizem respeito à produção acadêmica, traduzidos na provocação do meu orientador de mestrado na UnB, Ricardo Farret: Pelo visto, você tem vasto material para fazer uma tese sobre o IAB, só depende de você. Mais tarde, quando da aprovação da tese de doutorado no PPGAU-UFF, a banca examinadora ressaltou a importância e o ineditismo do tema, a qualidade e o rigor da pesquisa, recomendando a sua publicação em livro. O outro motivo, de caráter pessoal e afetivo, tornando-se decisivo para que eu aceitasse este desafio, se expressa nos laços de amizade, companheirismo e respeito mútuo, construídos para mais de 50 anos de militância político-profissional no Instituto.

Mas, o conteúdo deste livro não é uma simples transcrição da tese de doutoramento, deseja favorecer uma leitura fluída e espontânea, livre de algumas formalidades acadêmicas. Fala da vivência pessoal, da emoção e do prazer em compartilhar o percurso de ações do IAB, que pautado na sua independência, ora enfrentava obstáculos ora mediava conflitos, mas, insistia em estabelecer o diálogo, ocupar espaços em várias frentes nem sempre hospitaleiras.  

Mediante reflexões desenvolvidas durante a minha prática profissional, tanto como arquiteta urbanista quanto no exercício da docência e na militância no Instituto, filiada que sou desde 1966, como sócia-aspirante, estabeleci como marco temporal o período que se entende de 1953 a 1988, focalizando as contribuições do Instituto, sobretudo as iniciativas e sua influência político-conceitual, voltadas à formulação de novos instrumentos sobre as temáticas do desenvolvimento urbano, da moradia e da organização do território.

Por outro lado, a análise da conduta Instituto, permite, além de tomá-las referência, elucidar dúvidas quanto ao papel do IAB que, por desconhecimento, levam alguns colegas, jovens arquitetos e estudantes de arquitetura, a se perguntarem: para que nos serve o IAB?

Convencida de que essa história precisa ser contada e motivada pelo desejo de torná-la pública, por feliz coincidência este livro chega aos leitores no ano em que se comemora o Centenário do IAB.

FICHA TÉCNICA
Vera França e Leite (autora)
Rio Books (editora)
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MAPA-MURO: Um manual prático para execução do projeto

Autora: Gabrielle Rocha

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Cultura Arquitetônica

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Sabe-se da exclusão histórica da favela/do favelado, através da falta de investimentos, remoções forçadas, dentre outras situações, o que por muito tempo alimentou/alimenta a ideia de sua inexistência. As favelas não foram representadas nos mapas da cidade do Rio de Janeiro ao longo dos anos, ou seja, sua existência foi desmaterializada até mesmo na representação do espaço urbano.

Na tentativa de subverter este apagamento, mesmo em microescala, foi criado “MAPA-MURO”, modelo de intervenção que projeta e constrói um mapa da favela em parede externa/muro/fachada da sede de alguma instituição focada em atendimento a crianças, localizada na favela que se deseja mapear. O projeto, feito em mutirão com parceiros, estudantes e moradores, reproduz o mapa a partir de um mosaico de cacos de tijolo, complementado por trechos em tinta e massa pigmentada, e realiza uma oficina de memória afetiva com crianças assistidas pela instituição, culminando na produção de pinturas feitas por elas ao lado do mapa, ilustrando sobre o lugar onde moram/coisas que amam. O trabalho busca aflorar a identidade local, faz as crianças se aproximarem da arte e traz momentos lúdicos com o mapa. Sua versão piloto foi realizada em Rio das Pedras, em 2018.

Em 2020, “MAPA-MURO” ganhou o prêmio Ações Locais – Lei Aldir Blanc, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro. Uma das contrapartidas do prêmio foi a realização do livro “Mapa-muro: um manual para execução do projeto”, organizado em 3 capítulos mais anexos:

1 – MAPA-MURO: o que é?

Conta a história, o conceito e o objetivo do projeto.

2 – HISTÓRIA: o projeto piloto em Rio das Pedras

Apresenta as etapas, desde a pré-produção até a manutenção, com seus desafios e resultados.

3 – COMO FAZER? Passo-a-passo para executar

Traz, através de textos e desenhos, cada ação necessária para executar o projeto em uma favela.

Por fim, estão anexados mapas-base de favelas que receberam oficinas sobre o projeto: Santa Marta, Providência e Cidade de Deus.

FICHA TÉCNICA
Gabrielle Rocha (concepção do manual, desenhos, diagramação e texto)
Tainá Galdino (concepção do projeto “Mapa-muro”)
Fernanda Ferreira (concepção do projeto “Mapa-muro”)
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RESIDÊNCIA PM

Autor: Miguel Pinto Guimarães

 

PRÊMIO

Categoria Edificações

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Na residência PM, a ideia principal foi criar uma grande rampa ajardinada desde o terreno até a cobertura do segundo pavimento. A intenção foi abrigar a arquitetura e devolver ao terreno a mesma superfície verde natural que existia ali, potencializando o imóvel e o entorno.

Ao observar a casa, a impressão que fica é que uma parte do jardim foi rasgada do solo e elevada. É como se a casa mimetizasse a natureza com sua extensa rampa ajardinada. Além de conferir beleza ao conjunto, a construção traz economia energética, conforto ambiental e mais, com o passar do tempo, as plantas da cobertura transbordarão criando uma cortina que fará o edifício ser abraçado pelo verde.

O grande desafio de projeto foi criar a estrutura de cobertura caminhável, onde o objetivo foi criar essa rampa que se eleva do solo e se apoia no segundo pavimento perpendicular ao pilotis resultante desta elevação, sem nenhum pilar. Para tal foi projetada uma treliça metálica triangular que está aparente internamente e que por fora é coberta por um sistema de brises verticais em madeira.

A planta se desenvolve em “L” no térreo e em dois pavimentos. No térreo estão distribuídas todas as opções de lazer com sala de tv, música, jogos, cozinha goumet e adega, além de um grande gramado que serve para prática de esportes e uma área protegida para relaxamento com redário e um braseiro com bancos ao redor.

No pavimento superior, as áreas íntimas com duas suítes e uma sala de descanso. Na cobertura caminhável está o ponto mais importante da edificação, o solarium, onde se pode relaxar ao contemplar a vista e o pôr do sol.

Para os interiores, uma paleta cromática discreta e mobiliário funcional e despojado, com peças assinados por designers nacionais.

FICHA TÉCNICA
Miguel Pinto Guimarães (Autor)
Renata Duhá (Coordenadora Arquitetura)
Helena Costa (Arquiteto Responsável)
Adriana Moura (Coordenadora Interiores)
Tati Viany (Designer Responsável)
Aline Soares, Letícia Corrêa Meyer, Daniel Andrade (Designers Colaboradores)
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CASA ASA

Thiago Bernardes

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Edificações

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Situada no topo de uma montanha onde havia uma propriedade preexistente, a Casa Asa reconstruiu inteiramente a relação entre terreno e edifício. A casa cria uma relação “harmoniosamente contrastante” entre paisagem e arquitetura através da articulação de espaços parcialmente subterrâneos e volumes transparentes emergentes. A topografia do local foi projetada para maximizar o uso de superfícies semi-planas existentes como áreas de convivência ao ar livre, ao mesmo tempo em que se encaixam os principais elementos funcionais, de circulação e de estabilização do solo entre as paredes de retenção. Todo o acesso à casa – de visitantes a funcionários – é feito através deste “embasamento topográfico”, que lentamente revela a paisagem circundante através de passagens sinuosas adaptadas à topografia original.

A distribuição de todas as áreas técnicas e de serviços também é feita através do embasamento, incluindo HVAC, estacionamento, lavanderia, entre outros, o que permite que todos os sistemas sejam controlados centralmente e constantemente monitorados quanto à eficiência. Ele também acomoda algumas comodidades ligadas a atividades ao ar livre, como academia e sauna. As principais áreas sociais e de estar da casa ficam no topo deste pedestal, em um volume feito de vidro e granito, que se assemelha a um pavilhão, visto do jardim. Seu teto fino e curvo (a “asa”) se estende muito além de seus limites, fornecendo proteção ambiental importante para as áreas de estar e jantar. Seus grandes painéis de vidro deslizam inteiramente dentro das paredes que cobrem o volume sob a “asa”, permitindo que os espaços internos sejam completamente abertos para o exterior e se tornem uma ampla varanda..

A Casa Asa estabelece uma relação única com o terreno, que impulsiona sua beleza sublime e delicada. Sistemas técnicos e estruturais velados permitem que a casa expresse sua delicada transparência e conexão com a natureza com o mínimo de interferência, enquanto suas instalações aplicam as tecnologias mais atualizadas e eficientes em termos de energia. A casa é um exemplo único da interação entre um conceito espacial altamente abstrato com sistemas infraestruturais complexos.

No pavimento superior, as áreas íntimas com duas suítes e uma sala de descanso. Na cobertura caminhável está o ponto mais importante da edificação, o solarium, onde se pode relaxar ao contemplar a vista e o pôr do sol.

Para os interiores, uma paleta cromática discreta e mobiliário funcional e despojado, com peças assinados por designers nacionais.

FICHA TÉCNICA
Thiago Bernardes (Autor)
Camila Tariki, Antonia Bernardes, Francisco Abreu, Ilana Daylac, Paulo Martins, Victor Campos, Thiago Moretti, Bruno Magalhães, Fabiana Porto, Daniel Vanucchi, Juliana Biancardine, Renata Evaristo, Alberto Botafogo
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CASA EM ARARAS

Autor: Escala Arquitetura

 

PRÊMIO

Categoria Edificações

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Localizada na região serrana do Rio de Janeiro, a casa se conecta com a natureza do entorno tanto pela sua arquitetura, com grandes vãos livres e esquadrias que possibilitam sua total abertura, quanto pelo uso de materiais naturais como a madeira e a pedra.

O desejo dos proprietários era ter uma casa térrea e por isso os volumes dos quartos foram pensados de modo a parecer destacados, como se fossem bangalôs independentes.

A construção na parte interna do terreno produz uma declividade que permite uma vista incrível. A piscina, em formato orgânico e conectada diretamente com a área social da casa, funciona como um mirante.

O teto inclinado e as esquadrias de vidro reforçam a sensação de conexão com a natureza dessa casa térrea na Serra, dando um tratamento diferenciado para  a área social da casa que a distingue dos ambientes restantes, mesmo seguindo uma unidade compositiva e de materiais.

FICHA TÉCNICA
Carolina Escada, Patricia Landau, Bruno Hermida, Milena Seraphim, Vanessa Milani
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HABITAT + LAPA

Autor: Sergio Conde Caldas e João de Sousa Machado – Sergio Conde Caldas Arquitetura

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Edificações

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A obra insere-se no tecido central da cidade do Rio de Janeiro, no bairro da Lapa, um dos bairros mais tradicionais da cidade, composto por sobrados ecléticos preservados, edifícios culturais, educacionais, gastronômicos e áreas de lazer, com equipamentos públicos e transporte para os mais diversos pontos da cidade. O terreno, que inserido neste território de contato, tem por vocação tornar-se um espaço aberto e plural atualmente é um estacionamento privado.

Para resgatar a vitalidade ao interior deste lote propõe-se a implementação de uma edificação de uso misto, integrada ao contexto histórico. Ainda objetivando o resgate do movimento foram projetadas fachadas ativas que também contemplam de 25 pontos de comércio, serviços e equipamentos de bairro no térreo. Entendendo a importância da região o projeto extende-se para além dos limites do lote sugerindo que a rua Teotônio Regadas seja nivelada com a calçada e convertida em via pedonal, dessa forma evidenciamos o eixo até a Escadaria e favorecemos a criação de redes sociais e comunitárias no bairro.

Nos pisos superiores as 313 unidades habitacionais organizam-se em apartamentos de pequenas dimensões, com com janelas, balcões, jardins e terraços favorecendo nova perspectivas do espaço. A fruição pública e a permeabilidade são alcançadas através da abertura da esquina para a implantação de uma praça de uso público em relação direta com a Escadaria Selarón. Este pátio interior também permite ventilação e iluminação de qualidade para todas as unidades.

As fachadas internas são neutras e uniformes, trabalhadas com pele metálica perfurada branca para evitar o choque com os sobrados do entorno e conferirindo privacidade às unidades. Já a  quinta fachada, é dominada por terraços revestidos em lajotas vermelhas e jardins estabelendo um vínculo com os telhados cerâmicos vizinhos.Com essas estratégias buscamos atráves de um objeto dinâmico atender aos anseios de uma sociedade e contexto em constante transformação e crescimento.

FICHA TÉCNICA

 

Sergio Conde Caldas (autor)
João de Sousa Machado (autor)
Fabio Freitas
Rafael Passos
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XADREZ

Autor: Marinho Arquitetura e Design
PRÊMIO

Categoria Interiores e Design

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Em todas as línguas celtas,

o jogo de xadrez significa inteligência da madeira,

pois requer habilidade humana para jogá-lo,

Assim como na vida,

toda ação resulta em uma reação.

Inspirado em uma jornada pelo mundo, atravessando países em 03 continentes, este jogo de xadrez foi desenvolvido baseado na reflexão sobre o futuro da humanidade.       Pouco tempo após a concretização do projeto, nos deparamos com um dos momentos mais difíceis do século, a pandemia do COVID 19, onde vivenciamos o “lock down”, a necessidade de reclusão e integração com os familiares do mesmo lar, assim como a necessidade de exercitar e trabalhar a mente para um futuro melhor e com saúde.

 Assim, este jogo de xadrez traduziu de forma intuitiva os pilares de vida simples e saudável, privilegiando e estimulando ações de sustentabilidade.

 As peças foram desenvolvidas com base em apenas 2 volumes, o paralelepípedo e a esfera. A partir das formas puras, recortes e sobreposições resultam na peça final.

 A simplicidade das formas possibilitou uma execução a partir de reaproveitamento de matéria prima da marcenaria.

FICHA TÉCNICA
Bruno Marinho (Arquiteto Sócio)
 
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HOTEL ARPOADOR

Autor: Thiago Bernardes

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Interiores e Design

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O projeto para a renovação do Hotel Arpoador vai além da ideia de um hotel aconchegante, criando um espaço convidativo, onde interior e exterior são mesclados. Seu lobby é integrado ao bar através de um pátio banhado por luz natural, uma linha contínua que une as ruas Francisco Otaviano e Francisco Bhering. A fachada é composta por um grande painel de madeira solto da estrutura, que enquadra as vistas para quem vê de dentro e cria uma ordem sutil para o edifício. O clima praiano permeia toda a escolha dos materiais usados no projeto, desde o piso em madeira (alusão a um deque de barco) até a palha, fibras, linho e algodão utilizados nos espaços internos. No último andar, o terraço traz uma piscina triangular com vista para o mar. Já no lado com vista para a cidade, um espaço dedicado a wellness com sauna, sala para massagem, e outra para exercícios. O Arpoador apresenta 49 quartos.

Todos os móveis e tecidos foram desenvolvidos a partir do conceito de obra de arte total, que pressupõe uma integração entre várias formas de expressão artística. As marcenarias foram desenhadas especialmente para cada espaço do hotel, dos quartos às suas áreas comuns. Em alusão à arquitetura náutica, o mobiliário dos quartos é feito de peças que se encaixam entre si, possibilitando diferentes usos. Tanto os tecidos dos interiores quanto os uniformes da equipe tiveram suas cores inspiradas pelos tons do mar do Arpoador, tendo sido desenvolvidos exclusivamente pela Bernardes Arquitetura para o projeto.

FICHA TÉCNICA
Camila Tariki, Antonia Bernardes, Francisco Abreu, Ilana Daylac, Paulo Martins, Juliana Biancardine, Marco Soletto, Augusto Picolli, Thiago Moretti, Renata Evaristo, Bruno Magalhães, Marina Van Erven, Camila Rodriguez
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NISE DA SILVEIRA – A revolução pelo afeto

Autores: Lilian Sampaio e Diogo Rezende / Estúdio M’Baraká

 

MENÇÃO HONROSA

Categoria Interiores e Design

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Nascida em Maceió, em 1905, Nise da Silveira foi uma médica brasileira, reconhecida mundialmente por sua contribuição à psiquiatria, revolucionou o tratamento psiquiátrico, usando a arte e o afeto como metodologia.

A exposição revive o legado de Nise e questiona as noções de loucura hoje. O projeto expositivo propõe ambientes preenchidos de improviso e sobreposições que contrastam a frieza da instituição de clausura, sob constante vigilância, com o calor, a humanidade e a liberdade do pensamento da Dra. Nise. A exposição é dividida em 3 núcleos temáticos: Contexto, Dor e Afeto; Nise – ser mulher, ser revolucionária e Engenho de Dentro – Território e Inconsciente.

O início resume os primeiros anos da carreira de Nise, suas investigações sobre o uso da arte em psiquiatria e o embate com os tratamentos químicos abusivos. Numa sala de pé direito de 5.9 m, 3 ilhas expositivas tratam das primeiras coleções em hospitais psiquiátricos e a influência das pinturas criadas pelos artistas do Engenho de Dentro na arte concreta brasileira. Um tom azul noturno, blocos de concreto amarrados como camisas de força e grades suspensas enfatizam a frieza e a dor das histórias narradas. Uma escada, fazendo as vezes de vela da “Nau dos Insensatos”, porta uma faixa vermelha com a frase “NÃO APERTO” (fala de Nise contra o eletrochoque).

O segundo núcleo, o Ateliê do Engenho de Dentro, se inicia, com a trajetória de Nise desde sua formação até sua prisão, ilustrada pela obra Liberdade de Carlos Vergara, realizada no antigo presídio Frei Caneca. O Ateliê, ambientado com cavaletes e moldes de gesso, representa um espaço quente e humano, onde frios blocos de concreto ganham vasos de plantas e esculturas de jardim. Outra interferência da arquitetura expositiva foi o convite à artista Margaret de Castro para dar vida à biblioteca de Nise, dando uma leitura poética à dimensão da pesquisa científica da Dra Nise.

O último núcleo expositivo tem inspiração na analogia do inconsciente como “engenho de dentro” e assume a forma circular das imagens mandálicas que apontam para a cura psíquica. Exibe a relação de Nise com Jung, os temas míticos e a associação entre psique e cultura.

FICHA TÉCNICA
Diogo Rezende – Estúdio M’Baraká – Direção de Arte
Lilian Sampaio e Diogo Rezende – Projeto Arquitetônico e Expográfico
Isabel Seixas, Letícia Stallone e Diogo Rezende (estúdio M’Baraká) – Curadoria Eurípedes
Júnior e Vitor Pordeus – Consultoria especializada Sociedade de Amigos do Museu de Imagens do Inconsciente – Apoio
Alessandro Boschini – Iluminação
Eduardo Nobre – técnico de luz
Isis Dau, João Lamar e Pablo Meijueiro – Equipe de design
Rogério Von Kruger – Fotografia
Faceta Produções (Izabel Campello) – Produção executiva
Luzinete Lima e Tatiana Belli – PRODUÇÃO
Caio Costa e Ezio Evy – PRODUÇÃO DE ARTE
Carolina da Veiga, João Rivera, Silvio De Camillis, Zagatti – MONTAGEM
Belight [coordenação: Samuel Betts / técnicos: Alexsander Santos e Renato Vieira – MONTAGEM DE LUZ
Linha D Montagem [coordenação: Iramá gomes/ técnicos: Arthur da Silva Barbosa, Renato Ramos, Renato Vieira – AUDIOVISUAL
FR Cenografia – Cenotecnica
Artistas: Abraham Palatnik | Adelina Gomes | Alice Brill | Anna Letycia | Artur Amora | Beta d’Rocha | Carla Guagliardi | Carlos Paixão | Carlos Pertuis | Carlos Vergara | Darcilio Lima | Doralice Vilela da Silva | Emygdio de Barros | Evandro Teixeira | Fernando Diniz | Ikarow | Isaac Liberato | José Basto | Juca Martins | Julia Vellutini e Wesley Rodrigues Leandro Lima | Leon Hirszman | Lima Barreto | Lúcio Noeman | Luis Carlos Saldanha | Lygia Clark | Manoel Godin | Margaret de Castro | Mario Borriello | Olívio Fideles | Pascal Lemaitre | Rafael Bqueer | Renata Inocencio | Rizza Conde | Rogério Reis | Tiago Sant’Ana| Zé Carlos Garcia Vídeo instalação poço do inconsciente | concepção: estúdio M’Baraká | animação: Bruno Portela | trilha sonora: Pedro MIbielli
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Patrocínio: Banco do Brasil
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TEATRO COPACABANA PALACE

Autor: Ivan de Sá Rezende
 
PRÊMIO

Categoria Interiores e Design

 

VENCEDOR DO GRANDE PRÊMIO IAB-RJ 59a PREMIAÇÃO ANUAL

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0 conceito do projeto do conjunto de áreas que compõem o Teatro do Copacabana Palace baseia-se na valorização do espaço arquitetônico através de sua própria memória e identidade num diálogo com a contemporaneidade e o espírito inovador do hotel advindos desde a sua fundação.

0 espaço fluido do saguão e ponto de partida e inspiração  para que as áreas subsequentes sejam pensadas de forma a incorporar em sua realização as evidencias do tempo, ressaltando camadas de texturas e padrões compositivos que priorizam o fazer manual na tradição dos grandes artífices do período eclético, aliados aos materiais de  beleza natural e a tradição brasileira do trabalho em madeira.

Respeitando as premissas de intervenções arquitetônicas ditadas pelo  lPHAN e demais  órgãos de proteção do patrimônio histórico e cultural, além das novas normas de acessibilidade e segurança, o projeto buscou, também, numa investigação de espaços ociosos decorrentes do sistema estrutural executado após o incêndio que destruiu o teatro original, uma redefinição da volumetria da caixa da plateia com a incorporação de frisas e camarotes.

FICHA TÉCNICA
Ivan Rezende (autor)
Andrea Lima (coordenadora)
Isabela Arraes (arquiteta) e Alberto Santos (arquiteto)
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INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL
RIO DE JANEIRO

59a PREMIAÇÃO ANUAL

2020

 
Comissão julgadora

Arquiteta e urbanista Cêça Guimarães

Arquiteta e urbanista Fabiana Loiola

Arquiteto e urbanista Henrique Barandier

 

ATA DO JURI

Associe-se ao IAB-RJ

O IAB – Instituto de Arquitetos do Brasil – é uma instituição que objetiva fomentar a discussão da arquitetura e urbanismo e divulgar a profissão do arquiteto perante a sociedade brasileira.

Fundado no Rio de Janeiro em 26 de janeiro de 1921, na sala de História e Teoria da Arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes, o Instituto de Arquitetos do Brasil é a entidade profissional dos arquitetos mais antiga no pais e a representante no Brasil da União Internacional de Arquitetos – UIA – órgão máximo profissional e cultural dos arquitetos no mundo.