A ideia de concentrar era importante para a pesquisa e arquivo. O desenho da arquitetura surge sobre eixos de trajetos determinados pela sua utilização, em um expressivo plano horizontal flutuante.
O uso de uma malha em estrutura metálica com peças mais esbeltas e leves permite uma linguagem contínua de traços lineares. A mobilidade de todos os panos de esquadria possibilita a integração da arquitetura com o seu entorno, abrindo espaço para ventilação cruzada e iluminação natural.
A presença de madeira nas estantes busca a marcação em três módulos consecutivos que proporcionam a valorização dos planos horizontais e reforçam a apresentação da biblioteca como elemento de destaque.
Local: Rio de Janeiro, Jardim Botânico
Equipe: Lia Siqueira, Cristiane Bardese, Felipe Siqueira, Patricia Graça Couto
Abrigo-receptivo do Parque Nacional do Itatiaia
O presente projeto consiste no desenvolvimento da proposta de um abrigo-receptivo destinado aos funcionários e visitantes da parte alta do Parque Nacional do Itatiaia, solicitado pela Fundação Chico Mendes (ICMBio) em 2019/2020, cercado por condicionantes de operação e com o objetivo prático de abrigar funcionários que passam temporadas no planalto, como também o de acolher visitantes que buscam se aventurar nas diversas trilhas, passeios e atividades do Parque.
Como lidar com a desconcertante necessidade de se construir um edifício em solo sagrado, circunscrito à paisagem exuberante de um dos lugares de atmosfera mais extraordinários do Brasil?
Propomos então um processo de projeto que se baseia numa cooperação entre o sentimento e o intelecto. Nesse sentido, o edifício deve ser capaz de absorver os vestígios da vida, e consequentemente gerar riqueza espacial, aproximando-se da escala do lugar e de tudo que o circunscreve. A essência daquilo que caracteriza este território repleto de história e vida, está, sem dúvida, na sua materialidade e nos detalhes. O edifício projetado, não deve ser encarado como mero abrigo, mas sim, como espaço que integra a memória, a paisagem, seus usuários, desejos, medos, o passado e o presente. E nesse instante, o abrigo deixa de ser entendido como mero espaço de acolhimento, e passa a ser parte de nós mesmos, transcendendo o sentido pragmático de seu programa e simples objetivo.
Para tal, entendemos a necessidade de estabelecer algumas premissas:
Local: Niterói, Rio de Janeiro
Equipe: Gustavo Martins ( sócio fundador/ OFICINA DE ARQUITETOS), Ana Paula Polizzo ( sócia fundadora/ OFICINA DE ARQUITETOS), Wagner Bruno Bitencourt (Arquiteto /OFICINA DE ARQUITETOS), Danilo dos Santos Galvão (Arquiteto / OFICINA DE ARQUITETOS), Fernando Acylino (Arq. Paisagista), Priscila Kelly Guimarães (Arq(a). Paisagista)
O projeto urbanístico do complexo e dos 22 edifícios lá existentes foi feito pelo escritório João Diniz Arquitetura onde a capela surge no conjunto como um dos edifícios que poderão ser frequentados pelas comunidades vizinhas.
O edifício está implantado no eixo leste-oeste com fachadas cegas para essas duas orientações. Os planos transparentes em vidro aparecem nas fachadas norte, cuja insolação é protegida pela marquise sobre a rampa de acesso, e sul, que praticamente não recebe sol. Aberturas transversais de iluminação e ventilação aparecem nos desníveis dos pisos e tetos. Dessa forma fica assegurado o conforto ambiental, a iluminação natural e as vistas do entorno.
A ideia é que o espaço da capela se conforme através de duas superfícies continuas em concreto, que definem chão, paredes e cobertura, e que se integram gerando os dois setores do projeto: o setor publico e rampado onde estão os bancos para as pessoas, e o altar em nível mais elevado.
Essa diferenciação integrada de espaços, através do encontro desses dois ‘fundos-infinito’, sugere a união de atributos humanos e espirituais ao edifício possível metáfora para a união da vida com a eternidade.
Projeto / autoria: João A. V. Diniz, arquiteto MSc
Arquitetos colaboradores: Priscila Garcia, Joao Pedro Torres, José Luis Baccarini, Isabel Diniz e Jessica Neves, (JDArq Ltda) Rosimeire Brandão, Clarissa Barreto Fascio, Cristiana Fonseca (Globo Engenharia Arquitetura Ltda), Eduardo Rossi (CIAAR)
Projeto Estrutura Concreto e Metálica: Fábio Marquezin eng, Fernanda Milcent eng. I Projetos Esgoto / Hidráulica / Incêndio: Renata Brito Mota Lauria eng I Projeto Elétrico: Roberto J. Trigo Boente eng, Francisco Assis G. Sacramento eng. I
Projeto Climatização: Mário Sérgio P. de Almeida eng.
Fotografia: Marcílio Gazzinelli
Área Construída: 482,00 m2
Ano de conclusão da obra: 2018
Local: CIAAR: Centro de Integração e Aperfeiçoamento da Aeronáutica, Lagoa Santa, M
Adotou-se como partido projetual dois prismas transversos de base retangular, apoiados por cinco pilares e um muro de pedra. Recuada quarenta metros da rua, a percepção real é de um amortecimento da quinta fachada. Os grandes vãos livres e os balanços estruturais surgem com a premissa de respeitar e preservar as trinta e seis palmeiras de quarenta metros nativas do terreno, de modo que a horizontalidade da arquitetura confronta positivamente a natureza, trazendo uma sensação de respeito ao entorno.
O gesto do desenho evidencia o peso e a sutileza com muito cuidado, enfatizando a transparência que integra o interior e exterior. A arquitetura harmonicamente se une a situação existente, ora leveza ora a força. As fachadas permeáveis se voltam para sul e leste com objetivo de combater a umidade e acentuar a iluminação dando a devida importância a ventilação nos ambientes causando bem estar.
A casa toda é um convite a novas descobertas. A complexidade técnica é incorporada ao subsolo em uma transição suave os equipamentos tornam-se invisivelmente imperceptíveis ao encontro do contemporâneo. Cada espaço planejado coexiste em total liberdade entre as amplas áreas de convivências. A sala de jantar e a adega possuem uma amplitude vertical em meio a um dos pátios internos composto pelos três elementos da identidade do projeto, concreto, palmeira e pedra, que geram leveza, requinte e funcionalidade. Ainda constituindo o espaço, a escada recebe um duo de materiais que combinados ao mezanino transmitem o valor entre o edificado e os vazios necessários.
Tratamos os diferentes planos respeitando a topografia do terreno com a intenção de configurar ambientes abertos e conectados, utilizamos os desníveis como estratégia para a tripartição, dessa forma garantimos a permeabilidade visual e isolamos os fluxos, além de hierarquiza-los. O serviço está anexo à área social no primeiro pavimento, mantendo em evidência os elementos naturais, tanto por indicar a divisão entre os setores da casa como poeticamente por suportar todo peso do pavimento superior.
A personalidade do projeto está presente na decisão em trabalhar com uma estrutura mista incorporada na arquitetura, utilizando a metálica para suportar vãos de até doze metros, lajes em balanço de concreto protendido e ainda a laje nervurada para quadra de tênis que possui acesso independente na cobertura. A variedade de texturas, materiais e cores presentes é observada tanto na incorporação do natural, como principalmente através da utilização do concreto, mármore, ferro, e água.
O paisagismo era uma preocupação, estudado cuidadosamente considerando a sua transformação e vida ao longo dos anos, está de maneira planejada presente também na cobertura do prisma valorizando a própria conservação da laje. A água merece destaque, a piscina passa despercebida inserida à contemporaneidade da estrutura da casa no térreo. O deck tanto integra o ambiente como é parte fundamental da fachada, assim como os grandes espelhos d´água que causam a sensação de flutuosidade favorecendo o conceito visual do projeto.
Priorizamos então a arquitetura e o sentimento, o viver cada dia na Casa Capuri é como o infinito prazer de uma nova experiência.
Local: Rio de Janeiro, Jardim Botânico
Autor do projeto: Sergio Conde Caldas
Equipe projetista: João Sousa Machado, Glauco Lobato, Renata Levy, Karla Fernandes, Elaine Leão, Luiza Vellaco, Darlan Ferreira, Sonia Chacon
Desenvolvido por: Filipe Carvalho