“O Rio Cidade começou com o Conde (Luiz Paulo Conde, que foi secretário de Urbanismo e sucedeu a Cesar Maia na prefeitura) que reuniu um grupo de arquitetos do IAB. Ele teve um papel muito importante para fazer o Rio Cidade. Foi fazendo. Já o Favela Bairro surgiu com o apoio do Enrique Iglesias, do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Eles tinham experiência internacional. A prefeitura, com gente como o Sérgio Magalhães (arquiteto, foi secretário de Habitação), entrou junto. Foi uma parceria muito bem-sucedida”, disse Maia.

O Projeto Rio Cidade, implantado na primeira gestão do prefeito César Maia (1993–1996) e mantido pela administração de Luiz Paulo Conde (1997–2000), consistiu em uma ampla intervenção urbanística em corredores comerciais de cerca de 27 bairros do Rio de Janeiro. As obras incluíram a reforma de calçadas (com adaptação para pessoas com deficiência), implantação de galerias subterrâneas para fiação elétrica e telefônica, modernização do sistema de iluminação e sinalização, drenagem pluvial, revitalização do mobiliário urbano e paisagismo. O objetivo era resgatar a integração do cidadão com o espaço público, melhorando conforto e segurança.

Já o Favela Bairro foi criado em 1995 pela Prefeitura na gestão de Luiz Paulo Conde, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do município. O programa visava transformar favelas consolidadas em bairros integrados à malha urbana formal, fornecendo infraestrutura básica (água, luz, esgoto e drenagem), serviços sociais (educação, saúde, lazer), regularização fundiária, além de apoio institucional por meio dos Postos de Orientação Urbanística e Social. A iniciativa foi reconhecida como modelo internacional de políticas urbanas inclusivas.