Ex-presidente também do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ), Jerônimo integra o Conselho Vitalício do IAB RJ e é representante do IAB no Grupo de Saúde Pública da União Internacional de Arquitetos (UIA), órgão consultivo da Unesco para assuntos relativos ao habitat e à qualidade do espaço construído.

Nesse bate-papo, o arquiteto relembra que sua relação com a entidade começou em meados da década de 1970, em plena Ditadura Militar. “Naquela época, não tínhamos diretório ou centro acadêmico na universidade. Eram os anos de chumbo. Uma amiga, colega de turma, Ana Pessoa foi quem me levou ao Museu de Arte Moderna (MAM), onde tinha o IAB. Não sabia que isso (o IAB) existia, nem como funcionava. Para mim foi fantástico conhecer o Instituto, uma ilha de liberdade e democracia”, conta.

Jerônimo lembrou também das sedes que conheceu até a entidade fixar endereço definitivo na Rua do Pinheiro, no Flamengo. “Conheci o IAB RJ no MAM, São Borja e na Conde de Irajá, em Botafogo. Quando chegou aqui (no Flamengo), foi uma explosão de força e alegria. O IAB passou a ter uma sede significativa e representativa”, afirmou. Ele reconhece ainda a importância da atuação do colega Adir Ben Kauss na conquista da sede, mas destacou a coragem do governador Leonel Brizola em firmar o convênio com o Departamento. “Nunca mais teve um governador com essa coragem. Brizola viu a importância do debate da cidade e da importância que o Instituto tem no fomento da discussão urbana”, completou.

Outros temas abordados na conversa foram o Programa de Aperfeiçoamento Profissional (PAP), iniciativa empreendida na gestão de Carlos Fernando de Andrade, coordenado por Jerônimo, e a atual do entrevistado no Grupo de Saúde Pública da UIA, que teve como um dos principais resultados a realização de seminário internacional no Rio de Janeiro, em 2021, durante o 27º Congresso Mundial de Arquitetos.

Lançada em janeiro, a série Memória IAB RJ entrevista ex-presidentes do Departamento, que destacam o papel do Instituto na valorização profissional e no debate urbano, assim como a importância da sede da entidade, que se tornou um centro cultural de referência não só para a comunidade do entorno, mas de todo o estado.