“Entrei para o IAB ainda no primeiro ano de faculdade”, diz Carlos Fernando Andrade

Arquiteto e urbanista é o entrevistado desta semana da série Memória IAB RJ.

O personagem desta semana na série Memória IAB RJ é Carlos Fernando Andrade. À frente do Departamento na gestão 2000 a 2001, o arquiteto e urbanista fala sobre o início da sua relação com o IAB, a criação do Programa de Aperfeiçoamento Profissional, além de temas mais atuais, como a lei de licitações e a defesa do concurso público de projeto.

Carlos Fernando iniciou sua história com o IAB ainda estudante, em 1972, como sócio aspirante na gestão Joca Serran. Na época, em plena Ditadura Militar, as entidades estudantis estavam fechadas e Carlos Fernando encontrou no Instituto um ambiente para discussão e reunião. Desde então, o arquiteto é figura sempre presente da entidade.

Em 2000, nosso entrevistado foi eleito presidente do IAB RJ, sucedendo o colega Antonio José Pedral. A gestão de Carlos Fernando foi marcada pela polêmica do debate sobre os apart-hotéis, o desenvolvimento do Programa de Aperfeiçoamento Profissional (PAP) e a concretização da vinda do XVII Congresso Brasileiro de Arquitetos para o Rio de Janeiro.

O PAP surgiu a partir de demanda do escritório da União Europeia no Rio de Janeiro, que trabalhava em quatro comunidades paralelas ao Favela-Bairro, chamados de Bairrinhos. O órgão internacional sentia que precisava trabalhar não só infraestrutura urbana, mas a moradia onde o programa oficial não entrava. “Se fez seminário na Caixa Econômica Federal, onde o IAB foi protagonista, criou-se uma metodologia e tal. Então ficou aquela bola: quem é que toca? E eu arrisquei, que tal o IAB?”, explicou Carlos Fernando.

Outro tema destacado foi a sede do IAB RJ. Para Carlos Fernando, o Departamento assumiu papel político e cultural muito importante a partir da inauguração da sua atual sede, na Rua do Pinheiro, na gestão de Adir Ben Kaus, produzindo eventos culturais da maior importância, mas também recebendo desde manifestações singelas a feiras e eventos internacionais. “A sede do IAB RJ tomou um vulto importante para a cidade. Se pensar, ela é vizinha ao Museu do Telefone, oriundo de concurso público organizado pelo IAB, tem o Castelinho, tem o Museu da República. É um corredor cultural do Catete que a prefeitura poderia ser mais atenta a isso”, avalia.

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