O Brasil perdeu sexta-feira, 14 de fevereiro, um de seus grandes cineastas, Cacá Diegues, aos 84 anos. Um dos fundadores do Cinema Novo, sua produção foi marcada pela crítica à desigualdade social, com estética marcante e sempre abordando temas associados às cidades e seus fenômenos.
Diegues chegou a estudar para prestar o vestibular para o curso de Arquitetura e Urbanismo, mas optou por ingressar em Direito, na PUC-Rio. Na faculdade, criou um cineclube e deu os primeiros passos no cinema com Arnaldo Jabor e David Neves.
Ao longo de sua carreira, conquistou prêmios em inúmeros festivais nacionais e internacionais. Diegues foi oficial da Ordem das Artes e das Letras (l’Ordre des Arts et des Lettres) da República Francesa, membro da Cinemateca Francesa. Recebeu também o título de Comendador da Ordem de Mérito Cultural e a Medalha da Ordem de Rio Branco, a mais alta do país. Em 2018, o cineasta foi eleito parte da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Em 2013, na 50ª Festa Anual do IAB RJ, Diegues foi homenageado como Personalidade do Ano do Departamento, em evento realizado no dia 7 de dezembro na sede da entidade, no Flamengo.